Longa dirigido por Aaron Horvath e Michael Jelenic estreia na quinta-feira, 06 de abril, nos cinemas
Super Mario Bros. O Filme – introdução
Super Mario Bros. O Filme (The Super Mario Bros. Movie) é resultado de uma parceria entre a Nintendo e a Illumination – que trouxe ao mundo Gru e os Minions. Dificilmente uma parceria como essa podia dar errado, certo?
Além disso, um game que vem desenvolvendo seu universo há quase 40 anos, entre personagens, mods, cenários, mecânicas e histórias, já tinha basicamente de tudo um pouco praticamente pronto para que algum bom roteirista somente encaixasse as peças no lugar para conseguir um filme coeso e divertido.
O resultado é muito divertido, soberbo e, ao mesmo tempo, despretensioso.
Quase todo mundo aqui… e com espaço, óbvio, para continuações!
Super Mario Bros. O Filme – trama
Vamos começar pelo óbvio: a trama de Super Mario Bros. O Filme. Ela não é totalmente inédita nem genial; tampouco tenta subverter o que os fãs conhecem desta longeva franquia que já teve inclusive desenhos animados e outro longa, este live action e equivocado, em 1993.
Mario e Luigi são dois encanadores do Brooklyn que estão começando o próprio negócio após pedirem demissão de uma empresa maior de reparos hidráulicos. A atitude empreendedora de ambos é vista pela família – principalmente o pai dos jovens – como algo irresponsável e temerário.
Frente a uma situação emergencial enfrentada pelos bombeiros da cidade, Mario vê a oportunidade de “salvar o dia” e ganhar destaque para a empresa, e parte com Luigi para solucionar a situação…
As coisas não vão bem e ambos acabam indo parar num trecho abandonado dos esgotos de Nova York, onde encontram um tubo peculiar que suga ambos… transportando-os para outra realidade. No caminho porém, Luigi é arremessado em outra direção, indo parar em um lugar nada hospitaleiro.
Mario, por sua vez, acaba no Reino dos Cogumelos, onde conhece o intrépido Toad, que se dispõe a ajudar o ítalo-americano bigodudo a encontrar o irmão. Para tanto, ambos vão até o castelo, pedir ajuda da Princesa Peach, que está às voltas com a ameaça de invasão de Bowser.
Parece familiar? Pois é. E a coisa não vai muito mais além do que isso. O roteiro é simples, óbvio e burocrático em sua estrutura, mas serve perfeitamente para apresentar o personagem para as novas gerações e para satisfazer a nostalgia de todos os fãs já iniciados na franquia.
O Reino dos Cogumelos é praticamente um parque temático…
Super Mario Bros. O Filme – direção, animação, elenco e trilha sonora
Em Super Mario Bros. O Filme, a direção é no ponto, sem piadinhas exageradas ou momentos “da moda”, que logo se perdem e ficam datados. Pelo contrário, a aposta aqui é explorar o próprio cânone dos jogos, filme, série animada e a própria história da empresa que criou o sucesso. Voltaremos a isso no trecho de easter eggs.
Outra aposta batida, mas que funciona é a dupla composições originais sinfônicas / músicas conhecidas em formato “mix tape”. Os fãs certamente irão vibrar com os usos dados às músicas e efeitos sonoros dos jogos, agora em versões orquestradas ou mixadas, ao mesmo tempo em que trilhas como Holding out for a hero de Bonnie Tyler ou Thunderstruck do AC DC embalam e empolgam o público em diversas cenas.
Já o elenco de Super Mario Bros. O Filme original não estava disponível – a cabine em questão foi numa versão dublada, que como já comentei outras vezes, evito comentar.
Por fim, a animação é algo espetacular. Vou repetir: espetacular. As texturas, composições, fluidez de movimentos… é tudo superior e superlativo em Super Mario Bros. O Filme… como comentei nas redes sociais, dá vontade de lamber a tela do cinema, de tão bem feito que tudo é. Bonito, de bom gosto e… colorido.
Super Mario Bros. O Filme – easter eggs
Em Super Mario Bros. O Filme os easter eggs são feitos para todos os fãs da franquia.
Se você já jogou algum dia algum game; se viu a animação ou o filme… vai notar algo que remete a ele. De Donkey Kong (1981) a Mario Bros. (1984) – aquele que tem o POW e a molecada dizia que era o “Mario japonês” e não o super Mario – passando por todos os Super Mario Bros., Mario Kart, Super Mario World, Donkey Kong Country, Mario Party e além, tem sempre alguma coisa que aparece em tela pra te remeter a alguma lembrança dos jogos.
O fã atento vai perceber, inclusive, mais pro final do longa, um outdoor em Nova York, com uma carta de baralho (um ás de paus) da Nintendo Playing Cards – produto original da centenária empresa, antes de ir para os jogos eletrônicos.
Dito isso, esse fan service absurdo é colocado tão organicamente que algum espectador que não conheça nada da franquia não irá estranhar nenhuma cena, nem precisar de explicações para além das que são dadas no próprio filme.
E sim, o filme tem cena pós-créditos depois de todos os créditos. Depois da última letrinha. Bacana e já dá a dica para o próximo filme.
Sim, a temida tartaruga azul e a Rainbow Road estão no longa também…
Super Mario Bros. O Filme – conclusão
Para concluir, vale lembrar que Super Mario Bros. O Filme, embora entregue muita coisa para os marmanjos que cresceram jogando games da franquia, é um produto destinado às crianças e toda a família.
É um longa de trama simples, sem reviravoltas que confundam os pequenos, com momentos edificantes e mensagens de superação e “acreditar no seu próprio potencial”. E que venha a continuação!

Avaliação: Excelente!
Créditos:
Texto: Alexandre Baptista
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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