Starting Riots de Bad Bebop é o segundo album da banda de Curitiba
Starting Riots de Bad Bebop é o segundo album da banda de Curitiba lançado na penúltima sexta-feira, 11 de setembro. Starting Riots dá sequência ao poderoso Prime Time Muder (2017), album de estreia do Bad Bebop.
Starting Riots de Bad Bebop não é totalmente inédito. Algumas faixas como Thieves, Backbone e Herald of Truth ganharam a luz do dia ainda em 2019 como singles, promovendo o vindouro album.
A capa do disco é assinada pelo famoso Carlos Fides (Almah, Kamelot, Noturnall e Evergrey).
A banda é formada por Juliano Ribeiro (baixo e vocal), Henrique Bertol (guitarra) e Celso Costa (bateria) e se define em sua página do Facebook como “Música pesada e sem rodeios!”.
É bem verdade.
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Starting Riots de Bab Bebop – visão geral
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Como falar de um som para alguém que não conhece aquela banda? Alguém pode até me dizer que existe um jeito correto de fazer isso. Mas ainda que eu odeie comparar coisas – acredito que tudo tem uma verdade em si, raramente podendo ser comparado com algo que teve um trajetória diferente, por mais parecido que seja – a saída é remeter à sons semelhantes, para que o leitor possa imaginar ao menos um pouco o som descrito.
É por isso que, de maneira geral, Starting Riots de Bad Bebop vai ser comparado aqui. E, pra ser sincero, depois de ter escrito tudo o que escrevi, fiquei mais tranquilo ao ver o vídeo do guitarrista Henrique Bertol falando das influências dele como músico. Acertei uma parte grande.
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Starting Riots de Bab Bebop – faixa a faixa
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Starting Riots de Bab Bebop começa com This Grace, faixa acelerada que já dá o tom do disco. Por mais que o Bad Bebop seja uma banda de metal, não pude deixar de notar uma forte influência com o grunge e rock underground dos anos 90 e até o pop rock daquela década.
Algo na linha das músicas mais pesadas do Stone Temple Pilots, The Smashing Pumpkins e Faith no More, mas com um vocal que puxa muito o estilo do Metallica. Uma mistura interessante e empolgante para abrir a obra.
Na sequência, Crossfire mantém esse clima anos 90, só que muito mais levada. Quase um breather, já no começo do album – me questionei do por que da escolha de posicionamento das músicas; na reta final, uma seção da música lembra muito, muito mesmo, trabalhos mais recentes do Metallica. Não sei ainda se curto esse trecho de “jogral de gritos”, apesar de ser um grande fã do recurso.
Essa linha é a que abre Backbone, voltando a acelerar o album numa pegada que lembra demais Pantera e Metallica. A guitarra de Henrique Bertol mostra que sabe fazer a parada e ajuda a deixar o dedo mínimo e o indicador em riste, no tradicional sinal de heavy metal. Hail!
Thieves então entra com uma linha de baixo num groove que é totalmente Stone Temple Pilots, mas o vocal é outra coisa. Nesta faixa, a sensação que dá é a de estarmos ouvindo o verdadeiro rock nacional: assim como somos miscigenados, também é nosso rock – um pouco de trash, um pouco de grunge, um pouco de groove, muito metal.
A pegada acelerada aumenta em Herald of Truth na faixa mais pesada de Starting Riots. A faixa mostrada todo o potencial da banda, com linhas muito bem executadas e extremamente empolgantes.
Sunset Drive, uma de minhas preferidas de Starting Riots, mostra que existem pontos que podem ser trabalhados na banda, na minha opinião. A levada é interessante pra caramba. Mas o vocal meio James Hatfield, meio Dexter Holland de Juliano Ribeiro não cai bem ali.
Fico muito curioso em ouvir a faixa com Ribeiro mandando um vocal mais limpo, mais na linha bluesy que a música tem. Algo na linha de um Scott Weiland ou até um Kevin Johansen, pelo senso de adequação. Mas independentemente disso, uma faixa incrível.
Move devolve o album mais ao estilo das outras faixas, apesar de ser curtinha, abrindo caminho para Pyro que abre com um riff inspirado. Uma pequena seção de interlúdio e solo de guitarra no meio da música é outro ponto alto do album. Baita faixa para os riffs e licks.
Chega então algo que era tradicional em qualquer album – de rock ou não – nos anos 90 e Starting Riots de Bad Bebop não podia ser diferente. A balada. How’re Holding Up é a tradicional faixa no estilo More Than Words, só no violão de aço em seu princípio, ganhando pouco acompanhamento dos outros instrumentos.
Me lembrou muito a versão acústica de Take Away My Pain do Dream Theater. Bonita, com uma melodia agradável… e provando que Juliano Ribeiro tem uma voz sensacional e podia muito bem variar o estilo também em faixas como Sunset Drive.
Vai por mim, to falando. Ficaria incrível.
Bullet Hole chega então para fechar o album com tiro, bomba e porrada. É o petardo trash pra fechar com chave de ouro um ótimo album, vocais rasgados – a melhor performance vocal de Ribeiro no album todo.
Starting Riots de Bad Bebop é um album que com certeza deve agradar a galera que busca por um som de qualidade que mistura várias influências do rock de maneira geral, bem executado e com a veia brasileira.
Para saber mais sobre o Bad Bebop, acesse também as redes sociais da banda no Facebook, Youtube, Twitter e Instagram.
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Bad Bebop – Starting Riots
1 – “This Grace” (05:58)
2 – “Crossfire” (04:30)
3 – “Backbone” (02:36)
4 – “Thieves” (03:37)
5 – “Herald of Truth” (02:59)
6 – “Sunset Drive” (03:31)
7 – “Move” (03:09)
8 – “Pyro” (03:36)
9 – “How’re You Holding Up” (03:19)
10 – “Bullet Hole” (04:17)
Tempo Total: 34 minutos
Ouça aqui
Créditos:
Texto e Edição: Alexandre Baptista
Imagens: Reprodução/Divulgação
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