Slipknot entrega show clássico e explosivo para público da primeira Knotfest em São Paulo

Em 20 de Dez de 2022 • 4 minutos de leitura
Slipknot Knotfest

A última aparição do Slipknot pela capital paulista havia sido em 2015. O grupo também marcou presença no Brasil com duas participações no Rock In Rio, em 2011 e 2015.

Neste domingo (18/12), o Slipknot encerrou o Knotfest no Anhembi, palco Knotstage, em São Paulo. Foi a primeira edição no Brasil do festival criado pela própria banda, que contou com apresentações de Judas Priest, Bring Me The Horizon, Mr. Bungle, Sepultura e a recente volta do Pantera.

Com milhares de fãs aguardando, uma cortina preta e o nome estilizado da banda cobriam o palco quando uma gravação de “For Those About To Rock (We Salute You)”, clássico do AC/DC, chamou a atenção do público. Depois, veio a gravação de 1968 de “Get Behind Me Satan and Push“, do Billie Jo Spears.

Os maggots sabiam o que estava por vir. A música começa a dar “defeito” antes de terminar, pontualmente às 19h20, para a introdução, já ao vivo, de “Disasterpiece“. Quando Corey Taylor entra com a voz gutural, a cortina cai e o público vem abaixo, cantando, pulando e organizando rapidamente as primeiras rodinhas de bate-cabeça.

Em seguida, o sucesso “Wait and Bleed”, do primeiro álbum da banda, e a pesadíssima “All Out Life“, faixa bônus de We Are Not Your Kind (2019). O termômetro dos maggots parecia subir quanto mais pesada era a música.

Foi assim com “Sulfur” e “Before I Forget“, barulhentas de refrões chiclete, como é praxe no Slipknot. The Dying Song (Time to Sing)” foi a única tocada do último álbum, The End, So Far (2022). A plateia permaneceu animada e sabia a letra.

Slipknot Knotfest

O Slipknot passeou por toda a discografia usando as novas máscaras em um cenário animado e digno de filme de terror

A palco e o figurino estavam caprichados – o que não foi surpresa –, com estilo industrial digno de filmes de terror, telão, as máscaras da atual turnê e um andar superior com os percursionistas se esforçando nas micagens e mexendo com a galera.

Taylor, com seus 49 anos, sabe comandar o show com presença de palco. O vocalista estava falante, elogiando o Brasil, trazendo palavras motivacionais, chamando os maggots de família e fazendo algumas perguntas. A partir de determinado momento, questionava, entre as canções e em tom de brincadeira, se a galera queria mais uma música, o que era sempre respondido com um obstinado “não”.

Dead Memories” deu uma acalmada nos ouvintes, que se mantiveram cantando todas as letras. Logo pode-se ouvir o melódico coro sacro de “Unsainted“, segunda de We Are Not Your Kind (2019) na noite.

O peso voltou mesmo com “The Heretic Anthem” e o megassucesso “Psychosocial“, iniciando uma sequência de muita energia, no palco e na pista. Em “Duality“, outra de refrão grudento, um dos percursionistas surgiu com uma baqueta pegando fogo para marcar o ritmo da música em um galão de metal. Muito louco!

Custer” continuou com a pegada da banda até um dos momentos mais tradicionais e aguardados do show: “Spit It Out“. Corey pediu que todos se agachassem, o que foi atendido pela imensa maioria. Os pulos e as rodinhas vieram em uníssono com a deixa da música.

A relação e o carinho da banda pelo Brasil também se fizeram presentes na bandeira do país, exposta na bateria de Jay Weinberg. O bis ficou por conta de “People = Shit” e “Surfacing“, ainda com o público incansável e queima de fogos de artifício no encerramento, 22h45, com quase uma hora e meia de show e a promessa de que irão voltar.

A apresentação do Slipknot não foi muito diferente do que eles vêm fazendo, inclusive em outras edições do Knotfest pelo mundo. Quem esperava um show recheado de singles do último álbum, teve que curtir um setlist que privilegiou os maiores sucessos do grupo. Slipknot (1999), Iowa (2001) e Vol. 3: (The Subliminal Verses) (2004) apareceram com três músicas cada.

Isso não foi um ponto negativo para o público presente. Com faixas de toda a discografia, muito entrosamento e energia entre os integrantes, o Slipknot, já entre os gigantes do metal, está ganhando ares de banda clássica.

Banda:
Voz: Corey Taylor
Guitarras: Jim Root e Mick Thomson
Baixo: Alessandro Venturella
Bateria: Jay Weinberg
Percussão: Shawn “Clown” Crahan e Michael “Tortilla Man” Pfaff
Samples: Craig “133” Jones
DJ: Sid Wilson

Setlist:
1 Disasterpiece
2 Wait And Bleed
3 All Out Life
4 Sulfur
5 Before I Forget
6 The Dying Song (Time to Sing)
7 Dead Memories
8 Unsainted
9 The Heretic Anthem
10 Psychosocial
11 Duality
12 Custer
13 Spit It Out
Bis:
14 People = Shit
15 Surfacing


Créditos:
Texto: David Horeglad
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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