Yashahime: Princess Half Demon (Temporada 1) – O Ultimato

Em 30 de Mar de 2021 • 4 minutos de leitura
Yashahime

Yashahime: Princess Half-Demon pegou os fãs de Inuyasha de surpresa. Após o fim da série original, a maioria dos fãs não esperavam voltar para o universo do Meio-Youkai, criado por Rumiko Takahashi. Até que essa nova série, que serve como sequência dos eventos de Inuyasha, foi anunciada.

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Yashahime: Princess Half Demon (Temporada 1) – O Ultimato

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Na trama, que se passa anos após os eventos finais de Inuyasha, conhecemos as filha de Sesshōmaru, Towa e Setsuna. Em determinado evento, Towa é separada da sua irmã e vai parar na Era Moderna, aonde é adotada por Sota Higurashi (irmão da protagonista da antiga série). Dez anos depois, Towa se reencontra com Setsuna, que atravessou as eras através de um túnel que se reabriu, e chegou aos tempos modernos, porém sem nenhuma memória da irmã. Então, as duas decidem embarcar em uma jornada, ao lado de Moroha (que é a filha adolescente de Inuyasha e Kagome) para tentar resgatar as memórias de Setsuna. 

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A princípio, a comparação com “Boruto” foi inevitável. Porém, essa série parece ter sido feita com muito mais cuidado do que a do filho de Naruto. Com o mesmo estúdio da “série clássica” produzindo essa nova animação, a maioria da equipe de Inuyasha retornou. Além disso, a própria Rumiko desenhou todos os novos personagens, além de supervisionar todos os storyboards.

Com isso, temos belas fotografias, e excelente character design de personagens. A arte/animação também está fluída e competente. A parte sonora também está a altura da série clássica, com abertura e encerramento se destacando, e boas trilhas durante os episódios, usando notas já conhecidas pelos fãs. 

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Se você não assistiu o anime de Inuyasha, talvez sua experiência seja um pouco prejudicada. A nostalgia para quem é fã da série do Meio-Youkai é um dos pontos de destaque. Além de saber o futuro daquele universo e rever personagens amados, a série brinca com situações do anime antigo, e explica melhor nuances daquele mundo. Os acontecimentos, principalmente do fim de Inuyasha, são considerados, e seria ideal o espectador trazer eles na bagagem.

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Infelizmente, nem tudo foram flores nesse retorno à Era Feudal. As personagens novas são boas, tanto em personalidade, quanto em conflitos, porém o desenvolvimento é pífio. Como as três conseguiram, descobriram e desenvolveram seus poderes não é tão abordado. A relação também parece um pouco apressada demais, como por exemplo em poucos episódios as meninas estarem muito próximas, o que deixa a jornada das três um tanto rasa. As lutas também não surpreendem e acabam de maneira rápida, o que não dá o senso de perigo necessário para a série. Tudo parece fácil demais.

Além disso, algumas perguntas pertinentes para os fãs não foram respondidas no decorrer da temporada, pelo contrário, parece até que ignoraram e quiseram esquecer que elas existem, o que pode ser um ponto de frustração para quem assiste. Outro ponto negativo da série foi algo que o anime de Inuyasha conseguia fazer melhor: misturar de forma eficiente aventura, drama e comédia. Essa série até tenta, mas não consegue fazer com a mesma maestria. Talvez resultado da falta do trabalho da Rumiko para a produção adaptar, pois nesse quesito, ela é uma das melhores mangakás que existem.

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Nem tão ruim como “Boruto”, mas nem tão boa quanto a série original de Inuyasha, Yashahime: Princess Half-Demon é uma boa volta ao universo do Meio-Youkai, com pitadas nostálgicas e uma animação competente, mas peca em um roteiro falho, raso e que não entrega o melhor que esses personagens e universo podem nos mostrar. Com uma segunda temporada já confirmada, a série fez sucesso e já construiu uma boa base nessa primeira leva de episódios.  Agora, é torcer para a série ganhar fôlego, deixar um pouco o fan-service de lado, e nos surpreender.

Aqui no Brasil, os episódios da primeira temporada de Yashahime: Princess Half-Demon estão disponíveis na Crunchyroll, com dublagem em português. 

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Avaliação: Bom!

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Créditos:
Texto: Breno Raphael
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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