O Amaldiçoado é o terceiro encadernado do Deus do Trovão pelas mãos de Jason Aaron, logo após Carniceiro dos Deuses e Bomba Divina. Foi lançado aqui em 2016 em capa dura e com 164 páginas.
Thor, o Deus do Trovão – O Amaldiçoado | |
Ano: 2016 | Distribuição: Panini Comics |
Lançamento: Julho de 2016 | Autor: Jason Aaron |
Páginas: 164 | Artistas: Nic Klein; Ron Garney; Emanuela Lupacchino; Julio Martínez Pérez – ‘das Pastoras’ |
Sinopse: “O antigo Senhor dos Elfos Negros escapa de sua prisão, dando início a uma perseguição que se estende por todos os Nove Reinos! Thor encontra novos aliados para sua Liga dos Reinos: uma feiticeira elfa negra, um elfo luminoso rápido no gatilho, um colossal gigante das montanhas, um anão apaixonado por dinamite e um troll particularmente irritadiço.
Mas a queda de um desses companheiros pode deflagrar uma guerra que se afetará vários mundos! O Deus do Trovão ainda deve lidar com a traição de um de seus guerreiros e com o último alvo da trilha de sangue de Malekith: a Terra! E mais: como um deus caminha entre homens? O que Thor faz quando não está salvando o mundo ao lado dos Vingadores? E o retorno de seu eterno amor: a doutora Jane Foster!”
Vamos falar sobre Thor o Amaldiçoado
Jason Aaron continua sua epopéia em Thor : O Amaldiçoado lançado pela Panini em encadernado e reunindo as edições Thor : God of Thunder de 12 a 18.
Nesse segundo ato Jason Aaron mergulha no universo da fantasia que o Deus do Trovão pode oferecer. E, para mergulhar nas raízes, traz de volta um grande vilão de Thor: Malekith, o amaldiçoado – o pretenso Rei dos Elfos Negros.
É bem interessante ver Thor ao lado de criaturas fantásticas (elfos, gigantes, dragões e mais figuram nesta edição) sem perder a essência que o autor construiu para o personagem no começo de sua fase. O Thor de Aaron continua do jeito que admiramos: fanfarrão, beberrão, briguento.. bem viking! Mas nessa edição Thor mostra um outro lado que ainda não havia dado as caras: Inteligente.
Contra o Carniceiro dos Deuses Thor contou com a sorte para prevalecer (e uma boa dose de força bruta também). Contra Malekith a inteligência se soma aos trunfos de Thor de forma surpreendente. É interessante vermos o personagem evoluindo nas mãos de Aaron enquanto – aparentemente – ele também descobre o que o Deus do Trovão pode entregar em termos narrativos. Vale destacar os usos criativos que o Mjolnir tem nas histórias – fique atento a isso!
Malekith, o amaldiçoado retorna para atormentar o Deus do Trovão
Com relação a Malekith – criado em 84 por Walt Simonson – ele faz uma boa presença como vilão do arco e, apesar de bem construído, ainda perde como ameaça para o Carniceiro. A urgência e o perigo parecem menores e mais contidos e os parceiros de jornada menos expressivos que os do 1º ato. Temos uma promessa de um grande evento ao final do arco – vamos ver como as coisas devem seguir daqui. Talvez, tendo essa promessa cumprida, o vilão cresça ainda mais.
Apesar disso, acho que o grande destaque fica por conta das edições 12 e 18 (a que abre e encerra o encadernado). Nessas duas edições, que apresentam histórias contidas, conseguimos perceber um pouco mais da percepção de personagem do autor e da relação e motivação que Thor tem com Midgard e seus habitantes.
Além de quebrarem o ritmo e nos darem tempo de respirar, elas nos dão espaço para aumentar nossa conexão com o personagem principal. A da edição 18 é simplesmente sensacional – Aaron continua jogando com o tempo e nessa história podemos ver um pouco do amadurecimento do jovem Deus.
Infelizmente Esad Ribic não retorna aos desenhos. Apesar do desenhistas que assumem serem bons, a sensação de perda permanece. Os desenhos e painéis de Ribic encaixam melhor com o roteiro de Aaron. Espero que a sinergia entre autor e a equipe aumente nas próximas edições.
Vale a pena ler Thor o Amaldiçoado
Thor: O Amaldiçoado continua a trajetória do Deus do Trovão na mão de Jason Aaron. O nível se mantém alto mas alguns fatores tornam esse segundo ato menos expressivo: A construção do vilão, os desenhos e o próprio roteiro ficam um pouco abaixo de tudo que vimos no Arco do Carniceiro dos Deuses. Ainda sim, uma excelente história do Deus do Trovão e digna de Jason Aaron!
Avaliação: Bom!
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Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
Matéria publicada originalmente em 10 de dezembro de 2018. Atualizada em 27 de outubro de 2020.
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