SLAM – Voz de Levante |
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Ano: 2017 |
Distribuição: Pagu Pictures |
Lançamento: 22 de Novembro de 2018 |
Direção: Tatiana Lohman; Roberta Estrela D'alva Roteiro: Tatiana Lohman; Roberta Estrela D'alva |
Duração: 95 minutos |
Artistas: Roberta Estrela D'alva; Luz Ribeiro; Marc Smith (IV), Bob Holmann |
Sinopse: “Plateia, poetas, poemas próprios e jogo de cintura: essa é a fórmula dos Poetry Slams, campeonatos performáticos de poesia falada que vêm se espalhando pelo Brasil. Nascidos em Chicago, eles fomentam a organização das comunidades em torno do encontro, da livre expressão e da escuta. O filme testemunha o crescimento da cena brasileira desde 2008, viaja às origens nos EUA e acompanha a campeã brasileira de 2016, Luz Ribeiro, até a Copa do Mundo de Slam em Paris, representando a nova onda feminista e negra que tem se firmado pela virulência poética do verbo politizado.”
[tabby title=”Lucas Souza”]
O documentário brasileiro-americano Slam: Voz de Levante leva ao público um pouco da história dessas “batalhas de verso”. Criado nos EUA – Chicago – na década de 80 essa nova forma de arte – que visa popularizar e tornar mais “viva” a poesia tradicional – chegou no Brasil nos anos 2000 e vem se expandindo ano a ano.
O documentário – que apresenta idas e vindas no tempo – começa nos levando ao evento “Rio Poetry Slam” que aconteceu em 2016 no Rio de Janeiro (como parte da FLUPP – Festa Literária das Periferias) e de cara já escancara para os que desconheciam essa forma de arte o que ela é: uma democrática festa onde jurados diversos, escolhidos da plateia de forma quase aleatória, julgam artistas que devem trazer poesias de sua autoria e recitá-las sem qualquer respaldo audiovisual no tempo máximo de 3 minutos. A diversidade de estilos nas apresentações chama a atenção e nos deixa curioso com o que está por vir.
E é aqui onde o filme começa a pecar. Sem saber se vai se assumir como um documentário e se aprofundar na história do Slam ou se vai seguir uma espécie de história baseada em uma “jornada do herói”, o filme alterna momentos de busca de origens com a tentativa de construção de uma personagem principal. A alternância não funciona da forma como deveria e nos deixa confusos e sem saber o que esperar (ou pelo que torcer) nas cenas seguintes. Algumas cenas de slam´s de poetas de outros países também figuram mas por algum motivo aparecem diversas vezes sem legenda.
Uma das partes mais interessantes fica por conta do encontro com o criador do Slam, Mark Kelly Smith, em Chicago que mostra um pouco das raízes do seu pensamento e da sua visão de mundo. As poucas partes onde o filme mergulhou nas raízes do movimento prendem a atenção e nos inserem dentro de um contexto completamente novo. Podemos dizer, sem dúvida, que são as partes mais memoráveis do longa e que mais refletem a arte apresentada.
No fim, Slam : Voz de Levante se perde na própria falta de objetividade. Sem saber se é um documentário, um protesto de esquerda ou um filme tradicional com roteiro pouco convencional a mensagem do filme fica diluída e saímos do cinema confusos sem ter certeza do ponto principal que deveria ter sido passado. A parte positiva fica por conta de vermos uma arte de rua – ainda desconhecida – ganhar as telas e passar um pouco da sua história. Se tivesse focado mais na parte documental Slam : Voz de Levante poderia ter entregado mais.
Quer uma segunda opinião? Estive junto com Bruno Sena do Dinastia Geek e ele também falou sobre o filme! Confira clicando aqui!
Avaliação: Regular!
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