Predadores Assassinos (Crawl) | |
Ano: 2019 | Distribuição: Paramount Pictures |
Estreia: 26 de Setembro (Brasil) |
Direção: Alexandre Aja Roteiro: Michael Rasmussen, Shawn Rasmussen |
Duração: 87 Minutos |
Elenco: Kaya Scodelario, Barry Pepper |
Sinopse: Quando a Flórida é vítima de um imenso furacão, os tsnunamis levam todos os habitantes a evacuarem o local. Mesmo assim, a jovem Haley (Kaya Scodelario) se recusa a sair de casa enquanto não conseguir resgatar o pai, gravemente ferido. Aos poucos, o nível da água começa a subir, Haley também se fere e tanto ela quanto o pai precisam enfrentar inimigos inesperados: gigantescos crocodilos que chegam com as águas.
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Com uma história simples e bem amarrada, Predadores Assassinos agrada fãs do cinema trash e cumpre expectativas
Novo filme do francês Alexandre Aja se apoia na luta homem x natureza sem floreios mirabolantes no roteiro
por Alexandre Baptista
Às vezes, menos é mais, como diria Mies Van der Rohe. E essa premissa é extremamente verdadeira em Predadores Assassinos, novo filme de Alexandre Aja – do excelente Viagem Maldita (The Hills Have Eyes, 2006) e do subestimado Amaldiçoado (Horns, 2013).
A trama envolve a nadadora Haley (Kaya Scodelario – excelente no papel) em uma evacuação de emergência na Flórida, devido a um furacão categoria 5, a mais intensa da escala.
Treinando na universidade em Gainesville, a garota e seu time acabam recebendo o alerta por último, mas ainda em tempo de uma evacuação segura. O problema é que seu pai não atende ligações e ninguém tem notícia do mesmo, o que faz com que a jovem tente encontra-lo em sua casa em Coral Lake, no sul do estado, um dos primeiros pontos de impacto.
Quem já esteve na região em temporada de furacões ou já passou por alguma evacuação do tipo sabe muito bem que a situação toda já é tensa por si só. Aja usa isso de forma inteligente para já ir conduzindo o clima que permanece presente em todo o longa.
A grande questão sobre Coral Gables é que a região é muito próxima dos Everglades, os famosos “pântanos da Flórida” e a enorme população de jacarés e crocodilos no local torna plenamente plausível o terror que se segue.
Como de costume, não vamos dar spoilers por aqui. Mas vale dizer, para os fãs de jump scares e do cine trash que Predadores Assassinos cumpre o que promete. A chegada do primeiro jacaré é totalmente inesperada e sem aviso e a ação é ininterrupta a partir daí.
No entanto, evite trailers, vídeos promocionais e cenas liberadas do longa: com pouco menos de uma hora e meia de filme, os grandes acontecimentos estão praticamente em sua forma integral nesses vídeos.
Um detalhe muito importante é habilidade do diretor em usar os ângulos e a movimentação de câmera para reforçar aspectos do roteiro e da condução do olhar. Funciona muito bem e é um detalhe sutil que torna a produção acima da média no gênero.
Kaya Scodelario está ótima no papel e Barry Pepper, que representa o pai de Haley, Dave, também segura muito bem o ritmo, protagonizando uma cena de primeiros-socorros sensacional.
A trilha sonora cumpre a expectativa de maneira competente, sem grandes novidades.
Como em todo filme trash, alguns absurdos de roteiro estão obviamente presentes, como ferimentos massivos e implausíveis esquecidos na cena seguinte e atitudes praticamente impossíveis realizadas pelos protagonistas… mas afinal, não é para isso que vamos ver esse tipo de filme?
O grande mérito em Predadores Assassinos, além de atender a expectativa de um bom filme ruim, é o de não florear os motivos da presença dos jacarés por ali: não há experimentos ou mutações genéticas, acidentes nucleares ou conluios governamentais provocando a invasão reptiliana. Nada além da força da natureza combinada de maneira catastrófica para os poucos azarados que falharam em cumprir a evacuação sugerida.
Por fim, não perca a cena do banheiro que, como esperado, pelo menos para mim, já se tornou um clássico. Kaya Scodelario, Apex Predator all day!
Avaliação: Ótimo!
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Trailer
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