Poder Supremo | |
Ano: 2018 | Distribuição: Panini Comics |
Lançamento: Novembro de 2018 | Autor: J. Michael Straczynkski |
Páginas: 440 | Artistas: Gary Frank |
Sinopse: “Um alienígena superpoderoso. Um violento justiceiro mascarado. Uma bela e feroz guerreira mitológica. O homem mais rápido do planeta. Um soldado equipado com a arma mais potente do universo, controlada por sua força de vontade. Você acha que sabe de quem estamos falando… mas está completamente enganado. Em 2003, a Marvel uniu o talento do multipremiado roteirista J. Michael Straczynski e do consagrado desenhista Gary Frank para reimaginar o Esquadrão Supremo – uma obscura equipe de super-heróis de uma Terra paralela à da cronologia oficial da Casa das Ideias, que guardava uma notável semelhança com um certo supergrupo da Distinta Concorrência. Com a liberdade garantida pelo selo adulto MAX, Straczynkski recriou os personagens de modo surpreendente, com uma abordagem arrojada da trajetória do extraterrestre Hipérion e de como sua chegada à Terra alterou de modo indelével a vida e o equilíbrio político das superpotências no planeta. Muito mais que uma simples história de super-heróis, trata-se de um conto sobre a natureza do poder.”
[tabby title=”Lucas Souza”]
O selo Marvel Max da Casa das Ideias é fantástico. Sem as amarras tradicionais das HQ´s e sem limitantes em termos de histórias, ele permite que os autores e desenhistas sejam mais ousados e entreguem trabalhos que tenham temáticas diversas e mais gráficas como sexo, violência, tortura e outros. Poder Supremo teve roteiro de J. Michael Straczynkski e arte de Gary Frank em suas 18 edições. No Brasil foi publicado na revistas “Marvel Max” entre os números #06 e #43 e recentemente republicado em um encadernado capa dura reunindo as 18 edições originais.
Não existe nenhum outro selo em qualquer editora que pudesse ter abrigado a ousadia de Poder Supremo. A temática é simples, divertida e extremamente bem executada. Infelizmente J. Michael Straczynski abandonou o título antes dele o mesmo ter uma conclusão. Ou seja, as 18 edições deixam muitas respostas no ar. Mesmo assim, a leitura é extremamente recomendada e, apesar de termos a frustração de um não final, o que foi construído é uma verdadeira obra prima.
A trama da história gira em torno de um alienígena que cai ainda criança na terra. Após ser achado por um casal ele…. é levado pelo governo! Isso mesmo, o princípio básico de Poder Supremo é a história do Superman e os outros personagens da trama são baseados nos heróis da Liga da Justiça da DC. As cenas iniciais da HQ abraçam essa similaridade e os desenhos de Gary Frank – hoje muito associado a DC Comics, uma vez que ele tem desenhado os principais eventos da editora – nos fazem mergulhar ainda mais nesse Homem de Aço “alternativo”.
Batizado de Mark Milton, o herói Hiperion cresceu tendo sua vida controlada pelo governo em cada um dos aspectos. Criado para acreditar e idolatrar os EUA e para servir como uma arma viva, o governo começa a ter problemas quando o adolescente começa a se tornar adulto e a questionar algumas ordens e doutrinas impostas pelo governo. A execução é simplesmente fantástica.
No decorrer da trama, temos o surgimento de outros heróis que começam a povoar o mundo de Poder Supremo. Falcão Noturno, uma versão do Batman ainda mais psicótica e complexada, é um dos que se destacam e fazem um contraponto interessante ao personagem principal. Sua paranóia é um dos grandes pontos da trama levando a história para as cenas e confrontos mais interessantes.
O mais interessante é que quando analisamos Mark Milton, percebemos que ele é uma versão completa do Azulão. Mesmo tendo uma vida cercada de mentiras e de ter todos os motivos do mundo para se tornar um vilão, o personagem mantém a sua bondade e o seu desejo de ajudar as pessoas. Ele é, obviamente, mais extremista mas não perde o desejo de fazer o que é certo.
As referências históricas e participações de personagens reais, como alguns presidentes americanos, tornam a HQ ainda mais realista e nos fazem imergir ainda mais no universo criado. As tramas jornalísticas, protagonizadas principalmente pelo repórter Jason Scott, aliadas às manobras do exército fazem a trama ter um ritmo excelente e um desenvolvimento menos óbvio com constantes manobras para a história.
Surpreendente e ousada, Poder Supremo é uma HQ quase obrigatória. Tendo desenhos e roteiros impecáveis, o único ponto da HQ é não possuir um final que feche boa parte das tramas que são abertas no decorrer das 18 edições. Fazer parte do selo Marvel Max permite que a HQ coloque o Superm.. ops! Hipérion nas situações mais inusitadas possíveis. Infelizmente, cenário traçado na revista de Straczynkski é o mais real no caso da eventual queda de um bebê alien na terra e deixa claro que o governo tentaria de tudo para controlar o Poder Supremo que veio dos céus.
Fique ligado no Ultimado do Bacon para mais reviews.
Avaliação: Ótimo!
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