Parque do Inferno (Hell Fest) |
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Ano: 2018 |
Distribuição: Paris Filmes |
Estreia: 22 de Novembro |
Roteiro: Seth M. Sherwood, Blair Butler, Stephen Susco, Akela Cooper Direção: Gregory Plotkin |
Duração: 90 Minutos |
Elenco: Reign Edwards, Bex Taylor-Klaus, Christian James, Robby Attal, Matt Mercurio, Tony Todd. |
Sinopse: “Neste emocionante passeio, a estudante universitária Natalie está visitando sua melhor amiga de infância, Brooke, e sua colega de quarto, Taylor. Se fosse em qualquer outra época do ano, as amigas e seus namorados poderiam ir a um show ou a um bar, mas é Halloween, o que significa que, como todo mundo, eles irão para o Hell Fest – um parque labiríntico com jogos e brincadeiras que excursiona o país e chegou a cidade do grupo. Todos os anos milhares de pessoas seguem o Hell Fest para experimentar o medo neste macabro parque temático. Para um visitante, Hell Fest não é uma atração – mas sim um campo de caça. Uma oportunidade para matar à vista de uma platéia boquiaberta, envolvida numa atmosfera terrivelmente divertida com uma horrível realidade que se desenrola diante de seus olhos. Enquanto a contagem de corpos e a excitação frenética das multidões continuam a subir, ele volta seu olhar mascarado para Natalie, Brooke, Taylor e seus namorados, que lutarão para sobreviver.”
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Baixa expectativa e bom elenco fazem de Parque do Inferno um filme honesto
O longa, produzido pela idealizadora de The Walking Dead, estreia nesta quinta, dia 22
Por Alexandre Baptista
Hoje vamos falar como sempre a respeito de expectativa e também do terror / slasher Parque do Inferno (Hell Fest), dirigido por Gregory Plotkin (Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma). O longa chega aos cinemas nesta quinta, dia 22 de novembro, com distribuição nacional da Paris Filmes. Conferimos na semana passada o filme, que tem produção de Gale Anne Hurd, idealizadora da série de The Walking Dead e de Tucker Tooley, criador de Gênios do Crime.
Logo na primeira cena, alguns pontinhos já foram atribuídos a ele: uma ambientação meio tosca que lembra o Guardião da Cripta (de Contos da Cripta) e a própria cripta, revelando o interior de uma casa mal-assombrada qualquer de parques de diversão (daqueles bem anos 80, em que o público vai sentado em um carrinho ou mesmo a pé). Sem que se precise saber muito sobre o enredo do filme, percebe-se logo de cara seu baixo orçamento – que gastou cerca de US$ 5.500.000,00 e já teve US$ 11.100.000,00 de retorno, só na bilheteria americana – o clima perfeito para de fato se curtir um filme de terror despretensioso.
A premissa de um assassino serial à solta em um parque de diversões dedicado ao terror é bem interessante e poderia ter sido ainda melhor explorada mas, mesmo não atingindo o ápice possível, essa estrutura garante algumas boas cenas clichês dos jovens perseguidos não sendo levados a sério em função da ambientação do parque – terror, halloween, objetos cênicos convincentes etc. – e de assassinatos reais sendo confundidos com encenação e vice-versa. No longa, a estudante universitária Natalie (Amy Forsyth) e seus amigos visitam o Parque do Inferno, Hell Fest – uma mistura de rave, parque de diversões e festa de Halloween gigante (alguém aqui lembra das Noites do Terror do Playcenter?) – ansiosos por entrar nos labirintos e curtir eventos assustadores, mas logo percebem que um dos fantasiados do parque está indo um pouco além do personagem.
Uma grande parte do filme transcorre sem que o grupo esteja em nenhum perigo aparente e, por muito tempo, mais parece que estamos assistindo o registro de uma festa universitária com temática de Halloween. O assassino do filme é um serial killer de fato e embora seja estranho ver um filme de terror com tão poucas mortes, parte da diversão é tentar entender qual a motivação do vilão – o filme não mostra nenhum tipo de motivação ou background até a última cena – e, até por isso, o filme toma uma tonalidade de realismo muito interessante.
Obviamente alguns escorregões de sempre no roteiro deixam aquele ar de galhofa – um parque temático em que após a ordem de evacuação de todos os seus visitantes em função de uma grave emergência, todas as atrações seguem funcionando normalmente, por exemplo – é algo típico desse gênero, mas nem isso ou mesmo um dos personagens se chamar Asher (clara homenagem a Ashley “Ash” “Ashy Slashy” Williams) garante a Parque do Inferno o status clássico de Evil Dead, Viagem Maldita ou Halloween. O longa carece de ímpeto e amor ao tema para isso, batendo na famosa trave, mas ainda assim sendo honesto e podendo figurar tranquilamente no saudoso Cine Trash apresentado por Zé do Caixão nos anos 90.
Notas positivas para a trilha sonora interessantíssima de Bear McCreary (Battlestar Galactica, The Walking Dead, Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D.) que tem evoluído exponencialmente a cada nova trilha e para o elenco que, contrariando a tradição de filmes de terror, entrega uma atuação convincente e divertida, segurando as pontas dos momentos mais baixos do filme.
Parque do Inferno é honesto, não entrega nada além do que prometeu e por isso ganha três bacons, que é mais que Liga da Justiça ganhou por prometer e não cumprir.
Parque do Inferno só seria melhor se fosse o verdadeiro Hellfest que acontece de 21 a 23 de Junho em Clisson na França. Na edição de 2018 o festival teve presenças de Judas Priest, Iron Maiden, Avenged Sevenfold e muitos outros.
Hellfest na vida real: fazendo do Rock in Rio um pocket show.
Pain of Salvation no verdadeiro Hellfest em 2017:
Avaliação: Bom!
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