O Menino Que Queria Ser Rei – O Ultimato

Em 27 de Jan de 2019 • 5 minutos de leitura
O Menino Que Queria Ser Rei (The Kid Who Would Be King)
Ano: 2019 Distribuição: Fox Film
Estreia: 31 de Janeiro (Brasil) Direção: Joe Cornish
Roteiro: Joe Cornish
Duração: 120 Minutos   Elenco: Louis Serkis, Rebecca Ferguson, Patrick Stewart, Dean Chaumoo, Tom Taylor, Angus Imrie, Rhianna Doris, Denise Gough, Genevieve O’Reilly

Sinopse: “A vida do jovem Alex (Louis Serkis) acaba de mudar completamente. Após encontrar a mítica espada Excalibur, todos os seus problemas cotidianos desapareceram: agora ele se tornou o estudante mais imponente de toda a Grã-Bretanha. Mas como grandes poderem sempre chegam com grandes responsabilidades, ele terá que lutar ao lado de seus amigos para derrotar Morgana (Rebecca Ferguson), que ameaça destruir o mundo. ”

 

 

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O Menino Que Queria Ser Rei, segundo longa dirigido por Joe Cornish, é inteligente, sutil e totalmente direcionado a seu público alvo

Aventura continua o mito arthuriano nos dias atuais e estreia em 31 de janeiro nos cinemas brasileiros

por Alexandre Baptista

 

Joe Cornish pode não ser um nome muito famoso para o grande público, mas em certos círculos ele, Edgar Wright, Simon Pegg e Nick Frost são praticamente deuses. Vale dizer que ele esteve envolvido com o roteiro de filmes como As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin, 2011) e Homem-Formiga (Ant-Man, 2015) e estreou na direção com Attack the Block, filme que revelou John Boyega ao mundo.

Em O Menino Que Queria Ser Rei (The Kid Who Would Be King), Cornish pode decepcionar alguns fãs adultos que estejam esperando o tipo de humor ácido e veloz das comédias britânicas ao estilo de Todo Mundo Quase Morto (Shaun of The Dead, 2004), mas é certeza absoluta que vai agradar ao público de crianças e pré-adolescentes a quem o filme é direcionado.

O longa se inicia com um resumo em animação da lenda arthuriana, narrada pelo próprio Rei Arthur e realizada com muita qualidade, num traço estilizado que chega a dar vontade de conferirmos um longa inteiro daquela maneira.

A partir daí, acompanhamos, nos tempos atuais, a vida de Alex Elliot (Louis Serkis), que vive sozinho com a mãe e, apesar de não ser páreo para os veteranos na escola, não se amedronta perante eles, defendendo os amigos das diversas tentativas de bullying praticadas por ali. Portando-se o tempo todo com muita retidão, não é surpresa que a mítica Excalibur apareça para ele em seu momento de necessidade – e num momento em que o mundo todo precisará novamente da presença protetora e nobre de verdadeiros herdeiros do legado de Arthur Pendragon e os Cavaleiros da Távola Redonda.

O elenco, composto basicamente por crianças – há inclusive uma explicação para a ausência continuada de adultos ou outras pessoas além dos personagens principais na maioria das cenas – é bem trabalhado e muito acima da média infantil; Angus Imrie (a versão infantil de Merlin, também interpretado por Sir Patrick Stewart) é um grande destaque, sendo convincente, engraçado e fazendo um excelente contraponto com sua experiente e idolatrada versão mais velha.

 

Angus Imrie como Merlin em O Menino Que Queria Ser Rei: destaque no elenco infantil.


 

O roteiro parece ser simples, mas traz nas entrelinhas uma sutileza incrível – comparável ao adorado clássico de Rob Reiner, A Princesa Prometida (The Princess Bride, 1987): a decisão de Merlin em se apresentar a eles como criança; Alex escolher seus cavaleiros e aliados entre seus inimigos; o incentivo à leitura cuidadosa e o alerta (atualíssimo) a respeito da origem e fonte de qualquer escrito; e principalmente, a grande revelação familiar de Alex, magistralmente trabalhada sem clichês ou lugares comuns, sem subestimar a perspicácia e maturidade do público-alvo.

Papai-Magal, o Papai Noel cigano do Sobrecapa apresenta A Princesa Prometida: clássico de aventura infantil dos anos 80 que fala a linguagem de seu público-alvo.


 

Além disso, o ritmo equilibrado, aliado a bons efeitos gráficos e algumas gags e piadas em sintonia com o universo infanto-juvenil – os personagens abusam nas referências a cultuados jogos, livros e filmes como Mario Kart, Star Wars, O Senhor dos Anéis e Harry Potter – fazendo de O Menino Que Queria Ser Rei uma excelente aventura para ecoar o final das férias escolares.

"Achei o filme bem legal. Um ficava provocando o outro, mas depois ficaram amigos. A parte que eu mais gostei foi a perseguição de carros porque a menina foge com os amigos dirigindo um Punto e quando perguntam pra ela onde ela aprendeu a dirigir, ela responde que foi no Mario Kart. De todos [os filmes] que eu vi nas férias, O Menino Que Queria Ser Rei e o Homem-Aranha [no Aranhaverso] foram os mais legais.”, comentou Alexandre Milano Michelon, 8 anos, meu xará, sobrinho, parceiro e aspirante a crítico de cinema.

O Menino Que Queria Ser Rei não é um blockbuster ou primeiro capítulo de uma franquia que pretende bater bilhões em bilheteria. Ainda assim, é um filme honesto, acima da média de seus concorrentes e que fala a linguagem de seu público, coisa que muita produção milionária tenta e não consegue.

 

Avaliação: Bom!

 

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Trailer

 


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