Justiceiro – O Ultimato

Em 20 de Nov de 2017 • 4 minutos de leitura
Justiceiro
Ano: 2017 Emissora: Netflix
Estreia: 17 de Novembro Produtor executivo: Steve Lightfoot
Duração: 50 min/ep Elenco: Jon Bernthal, Ebon Moss-Bachrach, Ben Barnes, Amber Rose Revah, Paul Schulze, Jason R. Moore, Michael Nathanson, Daniel Webber, Jaime Ray Newman, Deborah Ann Woll​

Sinopse: “Após se vingar dos responsáveis pela morte de sua mulher e filhos, Frank Castle (Jon Bernthal) descobre uma conspiração que vai muito mais a fundo do que o submundo criminoso de Nova Iorque. Agora conhecido pela cidade como O Justiceiro, ele precisa descobrir a verdade sobre as injustiças que afetam muito mais do que apenas sua família.​"

[tabby title=”João Pedro”]

Continuando a parceria Marvel/Netflix, chegou finalmente ao serviço de streaming a série do Justiceiro. E para quem achava que as séries estavam perdendo as forças, Justiceiro veio para restaurar a fé dos fãs.

Frank Castle (Jon Bernthal) continua cruzada atrás de vingança, como visto na segunda temporada de Demolidor. Continuando o plot mostrado no final da temporada, Micro (Ebon Moss-Bachrach) entra em contato com Frank para lhe contar um terrível segredo: a guerra de gangues que levou sua família era apenas a ponta do iceberg, revelando toda uma conspiração que leva de volta aos dias de Frank na guerra.

No lugar de Claire Temple (Rosario Dawson), quem faz a maior ponte entre a série dos Justiceiro e as demais produções da Marvel/Netflix é Karen Page (Deborah Ann Woll), que estabeleceu uma relação com Frank durante seu julgamento. Aqui cabe uma pequena crítica (selecione caso queira ver os spoilers): não há maiores referências as demais séries. Enquanto as outras séries em alguns momentos ficam repetitivas ao mencionar “o incidente” (a invasão de Nova York), Karen nem mesmo menciona Matt. Enquanto seus diálogos tentam mostrar a Frank que a vida pode ser mais que apenas buscar a vingança, ela em nenhum momento cita a suposta morte do Demolidor.

No caminho dos planos de Frank Castle por vingança, estão a agente Dinah Madani (Amber Rose Revah), recém transferida para o Departamento de Segurança Interna para ficar sob vigia de seus superiores, na tentativa de abafar alguns segredos. Somos apresentados também a seus antigos companheiros de exército Curtis Hoyle (Jason R. Moore), um paramédico que perdeu a perna na guerra e agora lidera um grupo de apoio para soldados tentando se reajustar a sociedade, e o antigo melhor amigo de Castle, Billy Russo (Bem Barnes). Para aqueles familiarizados com os quadrinhos, Russo é um nome bastante conhecido, sendo o alter-ego de um dos maiores inimigos do Justiceiro: o Retalho. A história dele aqui é totalmente mudada, transformando-o em um ex-soldado que serviu junto com Castle e agora dirige uma firma de segurança privada. Essa mudança traz uma nova carga emocional ao aproximá-lo do Justiceiro.

A temporada ao contrário de algumas outras produções tem uma duração linear, com apenas uma história correndo por todos os 13 episódios. No papel do vilão, conhecemos William Rawlins (Paul Schulze), um membro do alto escalão da CIA responsável pelo comando da unidade de Castle, e o culpado pela missão que culminou na morte de quase todo o esquadrão (conforme relatado durante o julgamento do Justiceiro). Neste quesito, temos também uma espécie de “sub-vilão” na pele de um dos membros do grupo de apoio (não vou mencionar o nome, mas é facilmente perceptível). Até o momento em que se torna um “antagonista”, o personagem apenas consome tempo de tela, e quando assume o papel de “ameaça”, não tem grande papel na série, sendo praticamente irrelevante para a história.

Falando sobre os problemas da série, mesmo uma série com apenas 13 episódios pode se tornar cansativa. O modelo de dois arcos parece ter sido abandonado, o que talvez tivesse melhorado o andamento da série que se tornam um pouco cansativa em alguns pontos. Outro problema são os constantes flashbacks (coisa que eles deveriam ter aprendido com Punho de Ferro). O uso dos flashbacks colabora para desenvolver o drama vivido por Frank, acabam se tornando repetitivos.

A ação da série está incrível. As lutas estão muito bem coreografadas e fluidas, além de muito viscerais. A produção, assim como outras da Netflix, não poupa a violência e o sangue, tornando o clima muito mais pesado e digno de uma série do Justiceiro.

No geral, a série se sai muito bem dando continuidade a saga do Justiceiro e também ajuda a trazer de volta a sensação de que ainda podemos confiar na Marvel/Netflix. Resta agora esperar a confirmação de uma segunda temporada além de aguardar para ver se teremos o retorno do Justiceiro em alguma das outras séries.

Avaliação: Ótimo

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https://www.youtube.com/watch?v=fp_CbeUL2Ng

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