Uma história policial bem contada e cheia de mistérios é sempre uma boa opção de leitura para a maioria dos leitores. A série Júlia Kendall de Giancarlo Berardi para a editora Bonelli é uma tremenda história de terror que sempre apresenta casos que vão deixar o leitor grudado nas páginas da HQ do começo ao fim.
Júlia Kendall de Giancarlo Berardi estreou na Itália em 1998 e desde então vem fazendo muito sucesso. Suas histórias, normalmente arcos fechados que podem ser lidos por leitores veteranos ou novos, são sempre recheadas de mistério e reviravoltas inteligentes. A personagem é publicada no Brasil pela Mythos e começou sua jornada no país em 2004. Um fato curioso: no Brasil a revista da personagem se chama “Júlia Kendall – Aventuras de Uma Criminóloga” por conta dos romances de bolso publicados pela editora Nova Cultural (os romances chegaram ao país primeiro e se chamam Júlia).
Se você nunca teve contato com a personagem, vale buscar pela série de publicações que a Mythos, responsável pela personagem no Brasil, começou em 2019 – eles voltaram a primeira edição e estão trazendo as aventuras de Júlia Kendall do começo! Vale lembrar que a série de Giancarlo Berardi, famoso pelo incrível Western Ken Parker, é uma daquelas séries que te deixam livre para começar do número que você quiser!
E se você é fã de histórias policiais, recomendamos que conheça também Nick Raider e outras séries da Bonelli!
Júlia Kendall é uma criminóloga que mora em Garden City e atua com a polícia de Nova York
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As Tramas da HQ Júlia Kendall de Giancarlo Berardi
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Antes de falarmos dos mistérios típicos que rondam as tramas de Berardi, é importante estabelecermos quem é a personagem principal. Júlia é uma prestigiada e respeitada criminóloga. Cheia de estilo próprio e cativante, a personagem leciona em uma universidade e presta consultoria para a polícia de Nova York. A abordagem mais estatística e racional da criminóloga muitas vezes a coloca em rota de colisão (gerando divertidas discussões) com o Tenente Webb e a força policial. O trabalho de Júlia Kendall normalmente consiste em analisar um crime, falar com testemunhas e vítimas e estabelecer o perfil do assassino.
Além do sisudo e teimoso Tenente Webb, temos diversos personagens secundários que abrilhantam as páginas da série e tornam cada edição memorável. Emily Jones, que trabalha na casa de Júlia e é sua amiga, é uma dessas coadjuvantes. Divertida, bem humorada e muito musical, Emily normalmente aparece fazendo piadas e cuidando de Júlia – seja com palavras ou com um prato de comida. Além dela ainda temos – recorrentemente – a figura do investigador particular Léo que é um galanteador nato e normalmente ajuda Júlia colhendo informações para seus casos.
O mundo criado por Giancarlo Berardi na série Júlia Kendall é denso e temos ainda a avó e a irmã da personagem fora outras figuras incríveis como o mecânico que não deixa Júlia trocar seu icônico carro, um morgan 4×4 de 1967.
Júlia Kendall e o Tenente Webb enfrentam um grande incêndio na quarta edição da série
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Estabelecidos os principais elementos da série, vale muito falarmos sobre os casos e vilões que você vai encontrar em Júlia Kendall de Giancarlo Berardi. O autor parece não sentir o peso de ter que criar, praticamente, um novo “vilão” (ou antagonista) por edição. As histórias de Júlia só são tão fascinantes porque os antagonistas são muito marcantes.
O trabalho da protagonista obriga Berardi a sempre se aprofundar na construção dos criminosos então.. Nada de vilões genéricos aqui! Temos desde casos simples, como assassinatos isolados e sequestros, até casos mais complexos como atos de terrorismos e serial killers. Independente do caso, podemos dizer que uma das grandes diversões da HQ é tentar adivinhar o culpado antes da própria Júlia Kendall. É impossível não ler as edições buscando evidências que apontem qual dos personagens envolvidos cometeu o crime.
Júlia Kendall em um de seus (raros) momentos de lazer e descanso
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Júlia Kendall de Giancarlo Berardi é, facilmente, uma das melhores séries policiais que já li. O único alerta que pode ser feito é que, talvez, não seja uma série para o público muito jovem por ter uma abordagem bem real de temas pesados como, por exemplo, crimes sexuais. A personagem é fascinante e é impressionante como Berardi consegue fazer com que a série não tenha um clima de repetição frequente. Os casos são diferentes, as resoluções e os próprios antagonistas também. Um tremendo acerto!
Nunca leu “Júlia: Aventuras de uma criminóloga”? Faça um teste: compre as três primeiras edições (que possuem um arco completo da protagonista contra uma das mais fascinantes “vilãs” que passaram pela HQ) lançadas pela Mythos 2019, tenho certeza que o universo de Júlia Kendall vai te cativar!
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Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: João Maia
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