O mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki é mais uma prova de que as publicações japoneses tem espaço para qualquer tipo de narrativa. Prepare-se para uma boa história de faroeste no melhor estilo mangá!
Green Blood de Masasumi Kakizaki foi originalmente publicado no japão em 2011 e contou com 05 volumes. A JBC trouxe a obra para o Brasil em 2015 mantendo o número de volumes originais.
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Brad, também conhecido como “Grim Reaper”, é um dos personagens principais do mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki
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As fontes do Mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki
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Antes de falarmos da trama de Green Blood é importante deixarmos claro que o mangá se divide em dois grandes momentos: o primeiro acontece no melhor estilo do filme “Gangues de Nova York” (2003) de Scorsese. Prepare-se para ver a luta dos irlandeses por five points e a desilusão daqueles que achavam que estavam chegando na “terra das oportunidades”.
Os nossos dois protagonistas, Brad e seu irmão Luke, são irlandeses (daí GREEN Blood, sacou?) e passam a maior parte de sua vida na região e se envolvem com a temida e lendária guerra de gangues. Mas falaremos disso daqui a pouco.
O segundo momento do mangá é uma típica história de faroeste sobre vingança. Índios, fortes, fazendas isoladas e inescrupulosos negociantes atravessam o caminho de Brad e Luke que estão buscando vingança contra Edward King – também falaremos disso mais na frente. Obviamente a grande diversão é vermos esse tipo de história no estilo de manga – o que é pouco comum.
Os exageros de luta do gênero seguem presentes e isso tudo acaba dando a obra um ar de novidade – mesmo que a história não seja tão original assim. Os poucos volumes são mais um benefício e fazem a trama andar sem enrolação.
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Edward King é o grande vilão do mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki
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A trama do Mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki
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Green Blood começa em 1865 e acompanha vida de dois irmãos: Brad (o irmão mais velho) e Luke. Luke Burns é um jovem trabalhador que detesta a violência de Five Points e faz de tudo para evitar as gangues do local. Brad é, aparentemente, um irmão mais velho vagabundo mas logo fica claro que ele é na verdade o perigoso matador conhecido como “Grim Reaper” que trabalha para a gangue Grave Digger. Seu irmão mais novo não faz a menor ideia da sua “vida dupla”.
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A história se desenvolve mostrando que a gangue para a qual Brad trabalha está em decadência enquanto uma gangue rival, a Iron Butterfly, cresce. No meio dessa instabilidade, o mangá Green Blood mostra que Brad e o líder da gangue Grave Diggers tem alguma relação misteriosa – o que atiça Kip Dowell, o filho do líder. Kip é desleal, violento, louco e covarde.
Seus problemas com o Grim Reaper desencadeiam a maior guerra de gangues da cidade – com direito a famosa arma Gatling gun e tudo! Esse confronto, e a chegada do vilão Edward King, acabam com a primeira fase do mangá e mostram o passado dos dois irmãos e porque Brad quer tanto se vingar de King. É o começo da fase mais faroeste da história.
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Os índios são importantes na segunda parte do mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki
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A segunda parte do mangá mostra os irmãos Burns buscando por Edward King e sua gangue. Nessa fase, Luke já está mais velho (17 anos) e amadurecido pelos 06 meses de estrada com o irmão. A dupla se envolve em diversos eventos que estão, diretamente ou indiretamente, ligados ao homem que buscam.
A busca por King faz com que os irmãos se envolvam com um rancho que está sofrendo uma aquisição hostil (trama típica das aventuras de Tex Willer), com um roubo de gado e até com os índios que atacam um forte de soldados americanos. Essas tramas, tipicamente de faroeste,funcionam super bem no estilo mangá e nos deixam curioso a cada virada de página.
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Os irmãos Luke e Brad em cena do mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki
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O mangá Green Blood de Masasumi Kakizaki não é genial e nem possui a melhor construção de personagens do mundo. De maneira geral, sua história é simples e linear. O que faz dele uma boa leitura é a sensação de novidade que a mistura do estilo mangá causa ao encontrar uma típica trama de faroeste. Os confrontos, os saloons e até as armas ganham uma roupagem totalmente nova e é isso que nos prende a obra.
Genial mesmo, foi ter tido essa ideia e ter executado em apenas cinco volumes, deixando a obra acessível e com um ritmo de desenvolvimento veloz e direto ao ponto.Pelo fator novidade, vale a pena!
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Avaliação: Bom!
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Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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