Dark | |
Ano: 2017 | Emissora: Netflix |
Estreia: 01 de Dezembro | Criador: Baran Bo Odar |
Duração: 54 min/ep | Elenco: Louis Hofmann, Daan Lennard Liebrenz, Oliver Masucci, Jördis Triebel, Maja Schöne, Gina Alice Stiebitz, Sebastian Rudolph |
Sinopse: “Quando uma criança desaparece, a busca frenética por respostas acaba revelando muito mais do que eles poderiam imaginar."
[tabby title=”Diego Brisse”]
Quando assisti o primeiro teaser de Dark fiquei muito curioso. Tanto por ser uma produção alemã quanto pelo teor de mistério. O primeiro episódio abre com uma frase de Albert Einstein: “A diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão…”
A partir deste ponto, fica declarado que a série vem abordar a “viajem no tempo”. Poucos filmes, séries ou livros conseguem trabalhar isso de maneira inteligente, coerente. É uma temática que cria diversas armadilhas, abrindo espaço para falhas. Dark consegue se manter praticamente impecável nesse ponto! Em diversos momentos temos citações de frases de cientistas, filósofos, físicos e afins, mostrando que o autor tem conhecimento do que está falando.
A trama segue desde o primeiro momento com muitas perguntas e quase nenhuma resposta óbvia, exigindo extrema atenção e certa capacidade de dedução para entender alguns fatos. Apesar da complexidade, tudo está explicado na série desde o primeiro episódio, mas de forma não linear, exatamente como a trama sugere e isso é uma sacada genial, pois te leva a querer rever a série imediatamente após o último episódio para pegar os detalhes.
Os personagens são desenvolvidos com uma profundidade muito precisa, sem exageros, e servem às tramas e subtramas com muita coerência. A trilha sonora é de uma excelência impar, consegue envolver o expectador no clima obscuro da série, que tem um visual extremamente sombrio, cinza, o que até incomoda um pouco em alguns momentos aonde poderia haver um pouco mais de cor, mas essa escolha é nitidamente proposital para estar de acordo com a trama, e por fim complementa o peso emocional.
Dark é uma grata surpresa, mesmo lidando com um tema tão difícil de trabalhar bem, consegue se destacar e manter a coerência e em muitos momentos cita os próprios paradoxos para exemplificar e assumir a complexidade do tema. O único problema será concluir a trama e manter o nível de qualidade para a próxima temporada.
Avaliação: Excelente
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