Coringa: Um Sorriso de Matar traz mais uma volta psicológica na mente perturbada do Coringa, agora sobre a batuta de Jeff Lemire com a arte incrível de Andrea Sorrentino.
Saiba mais sobre Coringa: Um Sorriso de Matar
Todo mundo conhece a história da Dra. Harleen Quinzel, uma renomada psicóloga que tentou usar sua expertise para curar o Coringa e acabou caindo em suas garras. Mas isso não é aviso o bastante para o Dr. Ben Arnell que está convencido de que não só é capaz de diagnosticar o Palhaço-Príncipe do Crime, mas também capaz de curá-lo.
Coringa: Um Sorriso de Matar (Joker: Killer Smile, 2020) acompanha Ben em suas sessões com o Coringa. Enquanto tenta penetrar a mente do vilão durante o dia, o psiquiatra precisa, durante a noite, manter seu trabalho longe de sua família.
Ben durante uma de suas sessões com o Coringa: quem analisa quem?
Aos poucos, como poderia se esperar de uma história envolvendo o Coringa, as coisas parecem caminhar de maneira diferente do planejado inicialmente. Afinal, quando se olha fixamente para o abismo, as vezes o abismo olha de volta para você.
Até agora, Coringa: Um Sorriso de Matar é uma das histórias mais breves do novo selo DC Black Label, e de certa forma, muito mais contida que a apocalíptica Batman: Último Cavaleiro da Terra (Batman: The Last Knight on Earth, 2019). O título também difere do violento Coringa (Joker, 2008) de Brian Azzarello e Lee Bermejo. Aqui, o Coringa não está atrás de recuperar seu território em uma guerra de gangues, mas sim envolvendo um descuidado psiquiatra em sua teia de jogos mentais.
A arte de Andrea Sorrentino combina de maneira magistral com o roteiro de Jeff Lemire, seu parceiro usual. Seus desenhos colaboram para compor a atmosfera louca e psicodélica do conto de insanidade, com direito a flashes de uma suposta “história infantil”. O que é real e o que é loucura quando se está lidando com a mente mais insana da DC Comics?
A edição brasileira também inclui o one-shot Batman: The Smile Killer (Batman: O Matador de Sorrisos). Continuando diretamente de onde Um Sorriso de Matar parou, aqui Batman segue em busca do desvairado Coringa, que continua espalhando sua teia de loucuras.
Assim como a trilogia de Coringa: Um Sorriso de Matar, aqui Lemire continua usando seu roteiro para confundir tanto os personagens quanto o leitor, com os acontecimentos intercalados entre flashbacks, um possível presente e talvez uma viagem de ácido? É difícil dizer. O autor parece ter estudado tanto a loucura do Coringa que talvez tenha adaptado bem demais para as páginas.
Vale a pena ler Um Sorriso de Matar
A batalha psicológica entre o Sr Sorriso e o Mr Careta, com a sanidade de Ben e do próprio Batman em jogo (e talvez a nossa) é uma das mais interessantes que eu já vi. Como eu já disse, aqui não temos a violência de Azzarello ou toda a ação da vindoura Guerra do Coringa de James Tynion IV.
O thriller psicológico criado por Lemire e a arte de Sorrentino são uma verdadeira obra de arte, e um combate entre Batman e Coringa como eu não me lembro de ter visto em tempos, nem mesmo na célebre Piada Mortal com a proposição do “dia ruim”. Um Sorriso de Matar com certeza vai prender o leitor que gosta desse tipo de abordagem.
Para aqueles que preferem outros tipos de abordagem, recomendamos que vejam nossa análise de Coringa/Arlequina: Sanidade Criminosa.
Definitivamente, se você é um fã do Palhaço-Príncipe do Crime, esta história simples e terrível é algo que não pode faltar em sua pilha de leitura.
Fique ligado no Ultimato do Bacon para mais sobre HQs!
Créditos:
Texto: João Maia
Imagens: Reprodução
Edição: Alexandre Baptista
Texto publicado originalmente em 27 de março de 2020. Atualizado em 03 de dezembro de 2020.
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