por Lucas Souza
A segunda edição da nova revista da Panini Comics, Shazam, chegou às bancas reunindo as edições originais americanas “Shazam” #3-#4. Na HQ, Geoff Johns começa, finalmente, a explorar os reinos mágicos que permeiam o personagem.
Desde os Novos 52, quando começou a explorar o herói, Geoff Johns deixou uma infinidade de perguntas para serem respondidas. A nova série começa a nos brindar com algumas respostas.
Vale ressaltar que Johns mantém a história leve e divertida e é impressionante como ela também funciona bem como uma continuação do filme Shazam! (2019).
Os Sete Reinos Mágicos começam a ser desvendados em Shazam de Geoff Johns
A segunda edição da Panini leva os heróis da família Shazam, que já haviam adentrado o Reino da Diversão na edição #1, a entenderem que nem tudo é o que parece. O alegre e gigantesco Reino tem seu ódio aos adultos exposto ao mesmo tempo em que descobrimos os traumas que levaram o “Rapaz Rei” – governante local – a criar o lugar.
Johns faz questão de nos dar uma overdose de informações e temos muitos elementos sendo mostrados por página. Fique atento aos ricos desenhos de Dale Eaglesham, Marco Santucci e Mayo “Sen” Naito que parecem encaixar perfeitamente com o roteiro e acabam tornando tudo ainda mais fantasioso (o que é bom nesse caso!).
Mas o ponto alto da edição não é o Reino da Diversão e sim a introdução do Reino Selvagem e do Reino dos Jogos que aparecem quando a família Shazam é separada. Os três reinos são extremamente caricatos e, se a experiência com o “Rapaz Rei” ensinou algo, podemos esperar reviravoltas interessantes tendo em vista que Geoff Johns parece querer mostrar que nada é o que parece em Shazam. Ponto para o escritor que consegue dar personalidades distintas aos poderosos personagens enquanto eles exploram os Reinos.
Reino Selvagem promete muitos problemas para a família “Shazam” na HQ de Geoff Johns
O desafio de Johns na HQ é gigantesco e ele não parece querer torná-lo mais fácil. Além do mistério dos Reinos temos o retorno do pai de Billy, a parceria entre o Dr. Silvana e Cérebro, além do retorno do Adão Negro. A história está tomando corpo e os próximos números parecem cruciais para determinar se Johns vai conseguir adicionar e resgatar elementos ao mito do personagem ou se veremos a história se perder.
O maior erro pode estar na grande quantidade de novos conceitos e subtramas que estão sendo inseridos – vimos na edição #3 a família Shazam se dividir, o que pode indicar tramas paralelas. Por outro lado, o ritmo tem tornado a HQ diferente e a leitura se destaca bastante do restante dos outros títulos de super-heróis – é impossível não ficar curioso para saber como o escritor vai desenvolver a história.
Só nos resta aguardar e torcer para que Johns entregue uma continuação digna para a modernização que ele mesmo iniciou em Shazam ainda nos Novos 52.
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