Pouco após o fim do Episódio G, que era focado nos cavaleiros de ouro, a editora japonesa Akita Shoten anunciou Saintia Shô, sob a responsabilidade de Chimaki Kuori, a ser publicada nas páginas da revista Champion Red. O mangá foi publicado de 2013 até 2021, consistindo de 86 capítulos, reunidos em 16 tankobons que estão sendo lançados aqui pela JBC.
Conheça Saintia Shô
Na trama, descobrimos a existência das saintias, um grupo de jovens guerreiras, responsáveis pela guarda pessoal da Deusa Atena, que não precisam usar máscaras. Muitos cavaleiros nem sequer sabem que as Saintias existem, justamente por cuidarem tão próximo e responderem diretamente à Deusa Atena, e não ao grande mestre.
O primeiro arco da história começa pouco antes da clássica e conhecida Guerra Galáctica, onde somos apresentados a Shoko, que sempre pensa no desaparecimento de sua irmã Kyoko. Logo, Shoko descobre que sua irmã está em processo de treinamento para virar uma Saintia.
Como no universo de Saint Seiya nada são flores, o reencontro das irmãs é concretizado justamente devido ao reaparecimento de Éris, a deusa da destruição e discórdia, que busca uma hospedeira para renascer. Para encontrar novamente sua irmã, Shoko decide assumir o posto de saintia de Cavalo Menor, embarcando em um árduo treinamento para poder desenvolver seu cosmo e enfrentar Éris.
No segundo arco, a série começa a contar o conflito entre Saori Kido e o Grande Mestre, e tem como pano de fundo a batalha dos cavaleiros de bronze para combater Saga. Como a série se passa em paralelo aos acontecimentos da obra original, e isso, na verdade, se torna um dos maiores atrativos dela, vários personagens conhecidos aparecem.
Além disso, a série mostra sob a ótica das saintias vários momentos clássicos, como a batalha de Seiya e Shiryu na guerra galáctica e a batalha das doze casas. O poder e ódio emanado pelo conflito entre os cavaleiros de bronze e os de ouro é o suficiente para dar a Éris ainda mais poder e trazer à tona o segundo principal antagonista da história, Ares.
Chimaki aproveita para misturar personagens. As saintias são o grande foco da história, sendo as personagens originais da trama, mas a autora não para por aí, aproveitando para criar novos cavaleiros de prata, além de ter a chance de dar destaque aos Cavaleiros de Ouro, principalmente Miro de Escorpião, mas nem por isso sem dar uma chance de brilhar para os demais cavaleiros como Aioria e Mu. Os cavaleiros de bronze ficam de fora, uma vez que o segundo arco se passa entre a saga do Santuário e a saga de Poseidon, período no qual eles estavam em coma.
Infelizmente, não sabemos exatamente os pormenores que ocorreram durante toda a produção do mangá e que causaram o que pareceu um encerramento abrupto da história, deixando o final com uma cara de apressado, e prejudicando uma história que em geral se mostrou muito boa.
O anime
No fim de 2016, um anime de Saintia Shô foi anunciado. A empresa responsável é a Toei Animation, responsável também pela série clássica, e eles escolheram basear o traço da animação no design de Shingo Araki, que desenvolveu o consagrado traço da animação original. Com isso, a TOEI optou por retomar o traço consagrado dos Cavaleiros do Zodíaco, já que os fãs reclamaram muito das mudanças que ocorreram no traço do spin-off Ômega (como se fosse o único problema).
O novo anime contou com 10 episódios, e no Brasil os episódios foram disponibilizados no Crunchyroll, serviço de streaming que funciona como uma “Netflix de animes”. Infelizmente, assim como eventualmente o mangá veio a sofrer, o anime acabou passando por problemas de bastidores. Sendo uma aposta arriscada da TOEI, o anime acabou picotando diversos pontos do mangá, e deixando a desejar na animação, fazendo com que até o momento, as chances de uma segunda temporada sejam tão boas quanto as de uma terceira temporada de Lost Canvas.
O trailer pode ser conferido aqui
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Créditos:
Texto: Breno Raphael
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
Matéria publicada originalmente em 09 de dezembro de 2018. Atualizada em 11 de julho de 2022.
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