Se você é um fã de esportes e adora uma boa história de superação misturada com dedicação, o mangá Ping Pong de Taiyo Matsumoto é uma excelente leitura. A história gira em torno de Smile e Peco, dois amigos apaixonados pelo tênis de mesa que encaram o esporte – e a vida – de formas bem distintas!
Ping Pong de Taiyo Matsumoto foi originalmente publicado no Japão entre 1996 e 1997. A JBC trouxe a obra para o Brasil em dois volumes gigantescos com mais de 500 páginas. A obra ganhou um live action em 2002 e foi adaptada para o anime em 2014 e acabou conquistando o “Grande Prêmio de Animação de Televisão do Ano no Tokyo Anime Awards Festival” no ano seguinte.
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Ping Pong de Taiyo Matsumoto foi adaptado para as telas em 2014 pela produtora Tatsunoko Production
A Trama do mangá Ping Pong de Taiyo Matsumoto
Tsukimoto é um jovem retraído e solitário que cursa o primeiro ano. O jovem tem em Hoshino seu único amigo de verdade. Os dois são, respectivamente, conhecidos como Smile e Peco. Eles dividem uma paixão: o tênis de mesa. Peco é um exímio jogador que se considera um gênio no esporte e sonha em conquistar os lugares mais altos no pódio.
O jovem e retraído Smile é um ótimo defensor, mas está abaixo da qualidade de jogo de seu amigo Peco. O jovem também não parece disposto a se esforçar para evoluir e crescer no esporte que ele mesmo considera um hobby.
A amizade dos dois protagonistas começa a ser posta à prova quando o clube de tênis de mesa de sua escola começa a participar dos campeonatos e vemos que o mundo do ping pong japonês é mais vasto do que parece.
o treinador da escola coloca “Smile” em uma jornada diferente no mangá Ping Pong de Taiyo Matsumoto
No decorrer da história e das competições somos apresentados a diversos personagens interessantes, incluindo um aluno chinês (Kong) que vai ao Japão recuperar seu prestígio perdido no tênis de mesa.
O interessante é que Taiyo Matsumoto subverte o que parecia ser o caminho “esperado” da história e vemos Peco em uma jornada de recuperação (após ser humilhado em uma partida e acabar perdendo sua “pose”) e Tsukimoto (o Smile) em uma jornada de evolução ao mostrar seu verdadeiro potencial no esporte.
Além dos dois protagonistas e suas jornadas, que são quase que diametralmente opostas, temos outros jogadores muito interessantes e que ganham espaço na história para se desenvolver. O mais interessante entre os coadjuvantes, para mim, é o treinador da escola de Peco e Smile.
O idoso, que a princípio não parece um treinador empolgado, esconde uma história muito interessante que lembra muitos desafios que Smile enfrenta. O personagem mostra a que veio ao treinar o jovem retraído contra a vontade do mesmo. Os dois protagonizam diálogos bem interessantes e momentos marcantes.
Tsukimoto protagoniza jogadas eletrizantes no mangá Ping Pong de Taiyo Matsumoto
Ping Pong de Taiyo Matsumoto é um mangá que nos pega pela “estranheza” em seu começo. A história não parece saber muito bem para onde ir nos primeiros capítulos e a arte causa uma certa sensação de desconforto por fugir do mainstream ao qual a maioria de nós está acostumado – não vou nem falar do tema, que não é tão empolgante quanto defender a Deusa Atena (por exemplo).
Lá pelo capítulo 6 a sensação muda e parece que o mangaká Taiyo Matsumoto encontrou a história que quer contar (e a essa altura já estamos acostumados com os belos traços do autor). A história evolui e se torna magnética conforme vemos os protagonistas serem tirados de suas zonas de conforto e jogados em um mundo novo cheio de desafios. Depois disso, é simplesmente impossível parar até o final.
Mesmo que você não seja um grande fã de ping pong (o que eu, por exemplo, não sou), a história agrada pela sua evolução e pela jornada de descoberta – não só no esporte – que os protagonistas enfrentam.
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Créditos:
Texto: Lucas de Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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