Criado por Shotaro Ishinomori em 1975, Esquadrão Secreto Gorenger é considerado, atualmente, a primeira série da franquia de tokusatsu Super Sentai feita pela Toei, que ajudou a inspirar décadas de aventuras Super Sentai, e mais tarde deu origem aos Power Rangers. Seu mangá, também realizado pelo lendário criador, foi publicado ao mesmo tempo que a série de TV, para complementar a experiência da audiência do programa.
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A Trama de Esquadrão Secreto Gorenger de Shotaro Ishinomori
O conceito de sentai (esquadrão) já havia sido apresentado por Ishinomori, desde a década de 60, em Rainbow Sentai Robin, onde ele cria um time de 5 heróis principais.
Anos depois, na pré-produção da Toei de Kamen Rider Stronger, querendo utilizar a ideia, o conceito foi discutido para a série ter 5 riders diferentes, mas logo foi descartado. Neste momento, surge Esquadrão Secreto Gorenger – a Toei segue a produção de Kamen Rider Stronger, e começa também a produzir, baseado nessa ideia, Gorenger.
Logo que, em 1975, a série de TV estreou, o mangá escrito e desenhado por Ishinomori também começou a ser publicado. Na trama, uma sociedade secreta maligna chamada Exército da Cruz Negra ameaça a paz mundial, e apenas uma força-tarefa de elite conhecida como EAGLE pode detê-los.
Depois que o Exército da Cruz Negra destrói as bases da EAGLE em todo o Japão, cinco jovens recrutas sobrevivem. Escondidos em uma base subterrânea secreta, eles recebem trajes de batalha aprimorados que os capacitam com habilidades sobre-humanas, transformando os jovens em um esquadrão para combater o mal.
A trama, que tem a ação característica de outros mangás do Ishinomori, se destaca pelas pitadas de espionagem inseridas na obra. Os jovens na verdade são uma espécie de espiões que se transformam em super-heróis tradicionais (inclusive com capas), que era o desejo do próprio mangaká quando criou a série.
Desde o começo do mangá, onde vemos a destruição de cada sede da EAGLE e a busca por sobreviventes, até entendermos o que é o Exército da Cruz Negra, já temos esses elementos de espionagem no mangá.
Assim como acontece na versão de mangá de Kamen Rider, com uma maior liberdade, Ishinomori utiliza conceitos e situações da série de TV, mas não se prende a fazer uma cópia. Pelo contrário, ele expande algumas ideias, muda personalidade de personagens (mesmo eles sendo os mesmos) e desenvolve a narrativa do seu jeito.
Porém, por ser um mangá transmídia, lançado ao mesmo tempo que a série de TV estava sendo exibida e feito para alavancar e ampliar esse produto, a experiência de Gorenger é melhor degustada assistindo a série de TV. O mangá é dividido em “capítulo da semana”, onde cada um tem começo e fim, deixando uma trama complexa de fundo sendo desenvolvida apenas na TV. Ele nem sequer tem um final satisfatório, o que pode causar frustração nos leitores.
Paralelo a isso, é inegável a importância histórica de Gorenger até os dias atuais. Mesmo não tendo criado alguns elementos conhecidos do super sentai como o próprio esquadrão e o robô gigante, Gorenger nos apresenta a principal característica da franquia: jovens que se transformam em heróis coloridos para combater o mal.
Entendendo o contexto da época, e tudo em volta do seu lançamento, é possível curtir muito a leitura deste mangá e conhecer um pouco mais da obra que ajudou a inspirar décadas de aventuras Super Sentai.
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Créditos:
Texto: Breno Raphael
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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