Um mundo onde a magia e seres fantásticos existem espera o leitor no mangá A Feiticeira do Castelo de John Tarachine. A obra mostra a relação da reclusa e poderosa bruxa Marie Blackwood com seu inocente e perigoso aprendiz Theo Edison. O jovem é portador de um grande poder – O Sangue da Justa Indignação – e precisa de direcionamento para conseguir sobreviver e usar sua magia do jeito correto.
A Feiticeira do Castelo de John Tarachine foi originalmente publicado no Japão entre 2019 e 2020 na revista Comic Tatan. A Mythos editora está publicando o mangá na íntegra no Brasil em 4 volumes. A publicação começou em 2022.
Dica para o leitor: A obra de John Tarachine é um mangá Josei – tipo de obra voltada para o público feminino adulto, na faixa etária entre 20-50 anos, contando histórias de romance um pouco mais sérias, aprofundando sentimentos femininos, além de poder contar com cenas mais sensuais. Muitos consideram o Josei como uma “evolução do Shoujo”. Se você quer conhecer mais do gênero, confira nossa lista de Mangás Josei Essenciais para Leitores Brasileiros.
A bruxa Marie Blackwood acompanha seu jovem aprendiz em sua primeira missão no mangá A Feiticeira do Castelo de John Tarachine
A trama da HQ A Feiticeira do Castelo de John Tarachine
Marie Blackwood é uma poderosa bruxa que gosta de viver reclusa. Ela não aceita aprendizes e nem se relaciona de forma constante e profunda com a comunidade mágica. As coisas começam a mudar quando a Igreja (que na obra funciona como uma espécie de “órgão regulamentador” do mundo mágico) obriga a jovem a aceitar Theo Edison como seu aprendiz.
O jovem é ingênuo e não entende nada do mundo mágico mas é o detentor de um grande poder chamado “O Sangue da Justa Indignação”. Esse poder faz dele uma pessoa perigosa para si mesmo e para os outros.
O começo da trama também revela um pouco do passado de Marie Blackwood e estabelece que ela é uma gênia da magia e uma exilada parricida. O foco da história – após essa breve introdução – passa a ser na relação de Marie e Theo. Um dos pontos legais dessa relação é o volume de explicações que Marie dá sobre o mundo mágico.
A construção do mangaká John Tarachine é muito rica e tudo na história tem um propósito – até os óculos que os personagens conectados à magia usam. O funcionamento da magia nesse universo é bem diferente do que estamos acostumados e isso dá um ar levemente inovador ao mangá e sua proposta.
Seres mágicos abrigam as páginas do mangá A Feiticeira do Castelo de John Tarachine
Mesmo trazendo alguns temas e dramas pesados e interessantes, o mangá tem um tom leve. O clima é divertido e apesar dos perigos e problemas enfrentados pela dupla, a grande atração é o desenvolvimento do relacionamento entre os dois.
O ritmo do mangá é acelerado e John Tarachine não enrola: a história está sempre em movimento e é muito bem fundamentada nos conceitos que ele mesmo cria. A arte é outro atrativo: o traço é muito bem definido e temos cenas de espíritos e paisagens que ficam simplesmente deslumbrantes nas páginas da publicação.
A Feiticeira do Castelo de John Tarachine é uma obra que vai agradar os leitores que buscam uma trama divertida que envolve magia e relacionamentos em geral.
Os personagens são cativantes e é impossível não se apegar logo nos primeiros capítulos. Na minha visão, o número de volumes também atrai: apenas 4! Excelente para diversificar a leitura sem assumir grandes compromissos. Um baita acerto da Mythos que merece uma chance dos leitores que se interessam pelo tema!
Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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