Besouro Azul (2023) – O Ultimato

Em 16 de Ago de 2023 • 5 minutos de leitura
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Longa dirigido por Angel Emanuel Soto estreia nesta quinta-feira, 17 de agosto, nos cinemas

Confira também nossa lista com As Melhores HQs do Gladiador Dourado e As Melhores HQs da DC Comics.

Besouro Azul – introdução

Besouro Azul é o novo longa do Universo Cinematográfico da DC Comics e promete ser o primeiro do novo universo que será coordenado por James Gunn e Peter Safran. Verdade que o longa já estava em produção antes da dupla assumir, mas verdade também que o personagem e seu longa são tão isolados de qualquer coisa no universo DC que a mentirinha colou.

Ânimo! Sendo um filme de origem, a dica é não esperar muito – se você já cansou de filmes de origem, não perca seu tempo. A fórmula é a mesma, batida, cansada e sem inovação.

Mas se você não se importa com isso, Besouro Azul é o seu filme!

Besouro Azul – generalidades

Ânimo! Sabe todos aqueles clichês que vimos exaustivamente nos filmes do Homem-Aranha, Homem de Ferro e até mesmo Homem Formiga? Besouro Azul usa todos eles de maneira aberta e sem pudores, num roteiro bem previsível e sem muita margem pra viradas de roteiro ou coisas do tipo.

Na história, Jaime Reyes (Xolo Maridueña) volta da universidade para descobrir que sua família está prestes a perder a casa em que moram. Ele consegue um emprego, junto com sua irmã, na mansão de Victoria Kord (Susan Sarandon) – irmã de Ted Kord, o segundo Besouro Azul – e acaba presenciando uma discussão entre Victoria e sua sobrinha Jenny (Bruna Marquezine).

Ao interceder pela jovem, Jaime é despedido do trabalho e, para compensar, consegue o contato de Jenny, que lhe promete um novo emprego nas indústrias Kord.

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De Superman a Homem de Ferro – qual filme de origem não tem essa cena?

Ânimo! O conflito entre Tony Stark e Obadiah Stane, é repetido aqui com Jenny e Victoria, mas ao contrário do que foi habilmente feito no filme do Homem de Ferro, revelando Stane como vilão em um plot twist, em Besouro Azul o antagonismo é aberto e plano desde o início.

Victoria quer encontrar Khaji-Da, o escaravelho alienígena que irá possibilitar um salto tecnológico incrível e produzir armas a partir dele, enquanto Jenny rouba o mesmo do centro de pesquisas para impedir a tia, entregando-o a Jaime que acaba sendo escolhido como hospedeiro e novo herói.

Ânimo! Vocês devem se perguntar por que estou repetindo “ânimo” a cada parágrafo… pois saibam que é o bordão da família Reyes, repetido a cada minuto do filme, como um bordão de personagem do Zorra Total… aliás, que família engraçada! Eu não ri, mas muita gente no cinema riu, então suponho que sejam muito engraçados… eu sou um cara estranho.

Estereótipos exagerados de uma família mexicana ilegalmente imigrada aos Estados Unidos, que odeiam o imperialismo, mas seguem a regra de que o sonho do oprimido é ser opressor e morar em uma casa com piscina infinita de frente para a praia… hilário!

E aguardem… no fim do filme, a vovó fofinha que reza pelo netinho querido mostra sua veia revolucionário e durona, estilo Duro de Matar – ou seria El Mariachi?

Espere sequências de aprendizado de vôo idênticos aos do Homem de Ferro, com direito a um voo até a estratosfera e uma queda assustadora na volta; um amor à primeira vista só porque o cara falou “não fale assim com ela” e coisas do tipo. Filmão.

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Outro dos poucos acertos é o visual do próprio Besouro Azul: golaço

Besouro Azul – direção e elenco

Em Besouro Azul a direção é extremamente burocrática, tanto quanto o roteiro e não dá pra esperar muito dos atores numa situação assim.

Susan Sarandon demonstra sua insatisfação entregando uma vilã exagerada, caricata e canastrona; Xolo e Bruna entregam excelentes atuações e o restante… vejam pra entender. Não vale a pena criticar só pra reclamar né?

Besouro Azul – quadrinhos e super-heróis

Em Besouro Azul, talvez a coisa mais interessante e que não é abordada no longa é quem seria a mãe de Jenny Kord. A personagem é brasileira, chega a mencionar isso em dado momento e filha do segundo besouro azul, Ted Kord. Mas… e sua mãe?

No universo dos quadrinhos da DC, uma heroína brasileira e companheira de Ted na Liga da Justiça dos tempos da “Liguinha”, era Beatriz da Costa, a Fogo. Quem mais aí aposta que a Bia finalmente caiu nos encantos de Ted? Bwahahahahaha

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Uniforme de Ted Kord – uma das melhores coisas do filme

O que isso tem de importância pro filme? Nada. Mas achei mais legal escrever sobre esse ideia maluca do que seguir descrevendo os pontos que o filme gabaritou na cartilha da jornada do herói…

Besouro Azul – conclusão

Eu poderia seguir comentando os diversos pontos em que Besouro Azul desliza no básico, como o péssimo visual “Halo” do vilão O.M.A.C. – subaproveitadíssimo – ou ainda elogiar o visual do Besouro Azul e a proximidade da história com os quadrinhos mais atuais… mas a chance de eu falar besteira e irritar alguém é grande.

Para manter minha consistência com a crítica do filme Venom (leia aqui), vou simplesmente dizer que, no papel, dentro do que dita a cartilha, o filme é ótimo. Só não é pra mim.

Ah… e a cena pós-créditos! Quem não cantou essa bola nos minutos iniciais do filme, não viu filmes de super-heróis ou leu HQs suficientes na vida… Ainda assim, é a melhor coisa do filme, ao lado do uniforme clássico do Besouro Azul.

Ultimato do Bacon

Avaliação: Ótimo!


Créditos:
Texto: Alexandre Baptista
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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