O Justiceiro é um dos personagens da Marvel mais interessantes, porém com uma irregularidade na qualidade de suas histórias muito grande.
O problema, ao meu ver, é que o personagem não funciona bem dentro do universo Marvel como um todo quando posto lado a lado com os heróis coloridos e ultra poderosos.
Assim como diversos personagens urbanos, para “encaixar” o Justiceiro eles acabam dando poderes ou habilidades muito além do que o personagem tem, sejam cósmicos, divinos ou até armaduras high tech. E na maioria das vezes fica uma bosta!
O selo Marvel Max foi uma linha editorial da Marvel para publicar séries mais adultas, com conteúdo explícito.
Naturalmente os personagens mais urbanos tiveram destaque e o Justiceiro foi o maior beneficiado. Para escrever o personagem veio o doente Garth Ennis, que já provou que sua loucura é ilimitada como vemos em Crossed, o escolhido perfeito para escrever um personagem tão insano.
Qual a trama de Justiceiro – No Princípio
O encadernado Justiceiro – No Príncipio (compre clicando aqui!) lançado pela Panini conta com a minissérie em quatro edições Justiceiro: Nascido Para Matar (Punisher: Born – 2003), e as doze primeiras edições da série Justiceiro Max (The Punisher – 2004).
Nessas doze edições temos dois arcos: No Princípio e Inferno Irlandês. Irei fazer um review para cada arco.
Justiceiro – Nascido para Matar
Essa é um pretensa história de origem do Justiceiro, mostrando sua última participação na guerra do Vietnã.
Garth Ennis aqui já começa a construir o personagem e dar base para as habilidades de Frank Castle. A história é bacana, Ennis tenta inserir um elemento meio…místico, que me incomoda um pouco.
As cenas de ação são sensacionais, mas aqui o principal é conceito de guerra que o personagem tem, mostrando nessa versão que a morte da família de Frank foi só um gatilho para ele se tornar o louco que conhecemos.
No Princípio
Aqui Ennis entrega uma das melhores histórias do Justiceiro, com muita violência, porrada e ódio. Aqui já temos um Frank Castle com seus quase (ou mais de) 50 anos.
Na trama o personagem já está estabelecido e causa terror aos inimigos, e aqui vem o conceito abordado diversas vezes de que a guerra de Frank nunca vai acabar.
Inferno Irlandês
Esse arco eu achei muito abaixo do anterior, em alguns momentos nem parece o mesmo Frank Castle.
A história é chata, mesmo com momentos legais fica a sensação de que o autor pegou leve. A arte também ficou bem abaixo.
O Justiceiro ficou muito de coadjuvante nesse arco, parece até que fez tratamento para tentar ser mais amigável. Mesmo estando bem abaixo do arco anterior, é uma história do Justiceiro acima da média do que vimos várias vezes.
Justiceiro – No Princípio é um ótimo encadernado, a leitura rápida, dinâmica. Recomendo para todos que querem fugir um pouco das histórias coloridas.
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