Batman A Maldição do Cavaleiro Branco já vem com um aviso: sendo continuação direta de Batman: Cavaleiro Branco, este artigo tem spoilers do final da saga.
Sean Murphy conseguiu um grande burburinho em torno de sua obra ao colocar um novo ponto de vista entre a batalha de Batman e Coringa. Na saga Batman: Cavaleiro Branco, o palhaço príncipe do crime sai de cena e dá lugar a Jack Napier, sua versão sã, que não está utilizando seu lendário gás do riso ou algum outro esquema mirabolante, mas sim uma arma inédita: a opinião pública de Gotham City!
Enfim, em Batman A Maldição do Cavaleiro Branco, o Coringa acaba de volta em Arkham, superando a personalidade de Napier e retomando um plano antigo, que promete mudar tudo que sabemos sobre o Coringa, o Batman e a própria Gotham City ao liberar segredos que estiveram enterrados nas entranhas do Arkham desde as origens da cidade!
Com a opinião pública ainda suspeitando do Batman, a polícia de Gotham continua sua empreitada com a chamada “Iniciativa Napier” para combater o esquema das “elites” que lucram em cima das batalhas do Batman.
É nesse contexto que surge Ruth, uma misteriosa representante das ditas elites que surge para ajudar o Coringa e trazer para Gotham um novo Batman, um que atenda melhor aos interesses da elite: Jean-Paul Valley.
Ao mesmo tempo, Batman precisa mergulhar fundo na história de Gotham e sua família, desenterrando um mistério dos primeiros dias de Gotham ao descobrir que a transformação de Jack Napier começou dentro do Arkham quando ele descobriu um segredo a respeito de Edmond Wayne e Bakkar, seu aliado da ordem de São Dumas.
Os meandros de Batman A Maldição do Cavaleiro Branco
O conflito ideológico da primeira saga ainda está presente quando Bruce considera revelar sua identidade e se vê chantageado pela poderosa Ruth. Afinal, algumas batalhas não podem ser vencidas apenas com os punhos. Toda a questão de como as batalhas do Batman destroem a cidade e colocam sempre em risco os mais vulneráveis, não apenas fisicamente, mas os deixa sob a ameaça de abutres da elite e suas maquinações imobiliárias criam o palco para o debate entre qual é o verdadeiro papel do Batman.
A batalha entre Batman e Azrael se alastra por Gotham, levando vítimas dos dois lados, até que a verdade possa ser encontrada e a maldição de Gotham quebrada. Mas isso mudará para sempre tudo que sabemos sobre estes personagens.
Diferentemente de um outro autor que recentemente “refez” a Queda do Morcego, não pense que por colocar o Batman e Jean-Paul em conflito, a saga esteja “batida”. Murphy guardou surpresas fenomenais para a conclusão deste confronto.
O roteiro de Murphy assim como sua arte casam perfeitamente com a ambientação que ele cria, e assim como na primeira saga, a presença dos diferentes batmóveis ao longo do tempo são um presente aos fãs.
No geral, a história do Universo do Cavaleiro Branco pode ser incomoda para aqueles que apenas associam super heróis ao combate fisico. Estejam avisados: o combate fisico é parte importante sim da historia, mas a verdadeira genialidade de Murphy está na sua filosofia. A batalha final pela alma de Gotham e do próprio Bruce Wayne começa agora!
Avaliação: Ótimo!
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Para quem curtiu o universo, parece que a DC não quer deixar a ideia esfriar, e em breve haverão minis sobre Asa Noturna, Batgirl e a Harley Quinn deste universo, com a supervisão de Murphy mas equipes criativas ainda a serem definidas!
Créditos:
Texto: João Pedro Maia
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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