Bad Boys Para Sempre (Bad Boys For Life) | |
Ano: 2020 | Distribuição: Sony Pictures |
Estreia: 30 de Janeiro |
Direção: Adil El Arbi, Bilall Fallah Roteiro: Chris Bremner (roteiro); Peter Craig, Joe Carnahan (roteiro e história); George Gallo (baseado nos personagens de) |
Duração: 124 Minutos |
Elenco: Will Smith, Martin Lawrence, Vanessa Hudgens |
Sinopse: Os policiais Mike Lowery e Marcus Burnett se juntam para derrubar o líder de um cartel de drogas em Miami. A recém-criada equipe de elite do departamento de polícia de Miami, ao lado de Mike e Marcus, enfrenta o implacável Armando Armas.
[tabby title=”Alexandre Baptista”]
Bad Boys Para Sempre: Mais do mesmo e tudo bem
Longa que traz de volta a dupla Will Smith e Martin Lawrence depois de 16 anos estreia nesta quinta-feira, 30 de janeiro, sem grandes novidades
por Alexandre Baptista
Marcus Burnett e Mike Lowrey estão de volta, dezesseis anos depois. Mas, apesar de todo o tempo passado, a energia dos dois ainda está lá em cima.
Ou é o que a cena de abertura de Bad Boys Para Sempre, terceiro filme da franquia iniciada por Michael Bay e assumida pelos belgas Bilall Fallah e Adil El Arbi, transmite. Infelizmente, o clima de alta octanagem e picos de adrenalina fica só nessa cena inicial.
Não me levem a mal. O novo longa da dupla que replica a química “Martin Riggs + Roger Murtaugh” com a irreverência e o tom cômico de Axel Fowley é bacana. Para os fãs dos Bad Boys é importante ser conferido.
Mas não é indispensável. Não é catártico. Não é melhor que Os Bad Boys (Bad Boys, 1995) e passa muito longe da apoteose que é Bad Boys II (2003).
Os elementos estão lá: Lawrence continua com caretas engraçadas e um timming cômico impecável; Will Smith segue mantendo o estilo e o carisma que sempre teve; Joe Pantoliano segue entregando um ótimo Capitão Howard, num personagem muito bem equilibrado que tem pitadas que vão de James Gordon a Sargento Pincel. E as piadas também estão lá, até aquelas que você já sabe que vão estar.
As cenas de ação também estão presentes e existe até mesmo um momento, próximo ao final do longa, que faria Dwayne Johnson franzir a testa e dizer “ei, eu já fiz isso em um filme meu” – Bem-vindo à Selva (The Rundown, 2003).
Mas falta alguma coisa. E o pior é que não dá pra falar que falta Michael Bay, porque o diretor faz uma ponta no filme, numa cena que subverte de maneira óbvia as expectativas.
Também não dá pra culpar a trilha sonora, que é uma bagunça com cara de “playlist de tiozão”, com músicas de balada que são remixes de músicas dos anos 90 (aqui tem até o “verdadeiro” coronavírus daquela época, The Rythm of the Night de… Corona!).
Mas falta algo. Fica mais fácil colocar a culpa no roteiro que busca uma saída óbvia, uma retcon qualquer, pra evitar grandes arcos narrativos ligando os filmes anteriores, obrigando o estúdio a pagar por participações especiais milionárias etc.
Além da direção burocrática, é claro. Infelizmente, Bad Boys Para Sempre faz escolhas óbvias, apela por um arco fácil e genérico em vez de retomar temas anteriores e tenta assim passar o bastão para uma nova geração. O famoso soft boot para se reiniciar uma franquia qualquer.
Por outro lado, o longa tem momentos clássicos como a cena em que Marcus confessa a Mike que fez uma promessa a Deus e Mike, no melhor estilo Edir Macedo, convence Marcus de que Deus quer é que ele se vingue. Afinal, a violência é o caminho divino, amém! A acidez das piadas, pelo menos, segue intacta.
De forma geral, não deixa de ser um filme dos Bad Boys e, pra quem é fã, isso já vale o ingresso. Mas saiba que é, sem dúvida, o mais genérico da trilogia.
Avaliação: Bom
[tabbyending]
Trailer
Acessem nossas redes sociais e nosso link de compras da amazon