Animais Fantásticos e Onde Habitam: Os Segredos de Dumbledore – O Ultimato

Em 13 de Abr de 2022 • 5 minutos de leitura
Animais fantásticos e onde habitam os segredos de Dumbledore – O Ultimato 3

Novo filme da franquia Wizarding Worlds estreia hoje nos cinemas

Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore estreia hoje nos cinemas, garantindo a extensão da franquia Wizarding Worlds – que pra muita gente não significa nada, ao passo que “franquia Harry Potter” sim.

Começando pelo lance da franquia ter esse “novo nome”… a questão é justamente de adequação: ao passo que os oito filmes de Harry Potter narram a jornada do pequeno grande bruxo, o novo longa é em si parte de um “novo ramo” deste universo, muitos e muitos anos antes do nascimento de Harry e não havendo qualquer menção ao querido personagem.

Explicações dadas, vamos ao filme em si: Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore vale realmente a pena?

Não deixe de conferir o review do capítulo anterior da saga Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald clicando aqui!

Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore – contexto

Quem não acompanhou nenhum dos dois primeiros filmes de Animais fantásticos e onde habitam, se prepare. Este é o terceiro longa da coleção e você vai pegar o bonde andando, sem flashbacks ou recordatórios iniciais. Vamos lá galera, é esquema universo compartilhado, então você tem que saber que a mocinha que passou no fundo da cena é a tia véia que dá aula pro Harry no sexto filme. Jura que você foi pro cinema sem ter visto NADA de Harry Potter Wizarding Worlds antes? Amadores…

Agora, pra quem é fã da “Jo”…

 – (CRINGE! Ainda existe algum?)

– Tio, é cringe falar “cringe”…

– É por isso que você me chamou de tio!

Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore chega aos cinemas um tanto quanto o novo filme do Flash deve chegar – envolto em cancelamentos e repulsas de bastidor motivados pelos absurdos proferidos por gente envolvida na produção, seja a autora dos livros – e do roteiro do filme – J.K. Rowling; seja pela substituição de Johnny Depp após as tretas com Amber Heard (alguém aí sabe me dizer qual foi o fim dessa história? Juro que teve mais reviravoltas que o filme em questão).

– Mas tio, isso causa impacto no filme?

Olha, é bastante disruptivo quando o ator que representa o principal antagonista é substituído… ainda que Mads Mikkelsen talvez fosse uma escolha infinitamente superior para o papel desde o princípio.

Mas vamos lá, bora falar do filme em si.

Animais fantásticos e onde habitam os segredos de Dumbledore – O Ultimato 1

Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore – eu não sou mais o público?

Eu vou confessar. Na época – 20 anos atrás criançada – que os primeiros filmes estrearam, eu já não era grande fã do Potter. Fã de Tolkien, sempre li os livros com ar de superioridade literária, encarando os textos da Rowling como sombras mal escritas dos grandes autores de fantasia.

Mas embarquei na febre, consegui posteres dos filmes, comprei varinhas e penduricalhos, viratempos e vidrinhos de poções pras minhas estantes de utensílios nerds e até uma caixa incrível que mostrei neste unboxing aqui.

E segui nesta nova saga dos Animais fantásticos e onde habitam, embora a mágica pareça ter se perdido (badum… tss!). A verdade é que o primeiro filme parece muito um spin-off para televisão anabolizado, com um clima meio inspirado em Doctor Who… genérico demais até pra parecer um fan film; o segundo, percebendo o erro do primeiro, traz personagem mais renomados para o holofote, como Alvo Dumbledore ainda mocinho – mas com uma trama tão confusa e atabalhoada que parece ter sido escrito às pressas.

Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore segue a tradição: é um filme genérico. Se Rowling bebeu em Tolkien e C.S. Lewis para escrever os livros, baseou-se em Star Wars: O Império Contra-Ataca ou talvez Star Wars: O Ataque dos Clones para este capítulo da derrocada de Gerardo Grindelwald. Com exceção do triunfo do império, claro.

A trama é óbvia, as piadas são previsíveis, as gags visuais são inglesas demais para o cinema mundial. Os efeitos estão ok, mas já não deslumbram como há 20 anos. E, embora o filme tenha a liberdade de não ser comparado com nenhum livro – já que diferente da saga original, estes foram direto para o cinema antes da literatura – os criadores parecem não tirar proveito disso, mantendo a narrativa limitada à estrutura tradicional da autora.

Fato é que, talvez eu é que esteja cansado deste universo, após 11 filmes, várias horas de extras e um porrilhão de páginas dos livros… e não seja mais o público de J.K. Rowling.

Animais fantásticos e onde habitam os segredos de Dumbledore – O Ultimato 2

Animais fantásticos e onde habitam: os segredos de Dumbledore – conclusão

Conclusão? Já? Pois é. Se você quer saber qual a trama do filme, os atores, a direção e todo o resto… tem pelo menos umas duas dúzias de sites e resenhas que vão falar SÓ DISSO. Neste caso, optei por dar uma opinião bastante pessoal que é a sensação que o filme me causou: a mesma de tomar refrigerante sem gás.

O longa não trouxe nada que eu já não tenha visto antes, só que um pouquinho pior, um pouquinho (estou sendo piedoso) menos empolgante…

E os “segredos” de Dumbledore? Assiste lá e, se descobrir quais são, me conte. Porque tudo o que foi “revelado” já era de conhecimento público, seja pelos livros, seja pelo filme anterior.

Decepcionante.

Avaliação: Bom!


Créditos:
Texto: Alexandre Baptista
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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