A Morte do Superman (The Death of Superman) |
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Ano: 2018 |
Distribuição: Warner Bros. |
Estreia: 24 de Julho |
Roteiro: Peter Tomasi Diretor: Jake Castorena, Sam Liu |
Duração: 81 minutos |
Elenco: Jerry O'Connel, Rainn Wilson, Rebeca Romjin, Rosario Dawson |
Sinopse: "Um monstro gigantesco batizado de Doomsday surge do mundo subterrâneo para começar uma destruição em massa na cidade de Metropolis. A Liga da Justiça precisa intervir imediatamente, mas parece que só os poderes do Superman são compatíveis com o do terrível monstro. Em uma luta mortal, o destino do super-herói torna-se incerto.”
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A nova versão de A Morte do Superman é bem-feita e interessante, mas ainda está bem longe de ser uma versão fiel aos quadrinhos
Parte do cânone das animações da DC, o longa é apenas inspirado na saga das HQs
Por Alexandre Baptista
A Morte do Super-Homem, como foi chamada na sua primeira publicação no Brasil em 1993, foi um arco em quadrinhos que revolucionou o mercado nos anos 90. Pegou muitos fãs de surpresa por ser uma das primeiras grandes mortes nos quadrinhos e pela jogada de marketing excelente da DC Comics nos EUA que interrompeu a publicação do título por alguns meses, dando de fato a impressão de que o Super não iria retornar.
Depois disso, seguiram-se adaptações que continuam até hoje. A primeira, uma adaptação literária, realizada por Roger Stern em A Morte do Superman (The Death and Life of Superman, 1993), livro que narrava a história em formato de romance; seguido pelo game de SuperNintendo no estilo Beat’em Up, A Morte e o Retorno do Superman (The Death and Return of Superman, 1994). Mais recentemente o conceito foi adaptado em Batman vs Superman: A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice, 2016) e, um pouco antes, na animação A Morte do Superman (Superman: Doomsday, 2007).
Esta última acabou não agradando muito os fãs pois adaptava as linhas principais do enredo da Morte original para o estilo da série Superman: A Série Animada (Superman: The animated series, 1996 – 2000) de Bruce Timm, suavizando o embate, os traços e se encaixando no cânone de Liga da Justiça Sem Limite (Justice League Unlimited, 2004 – 2006), com um roteiro bem diferente daquele dos quadrinhos e com um retorno um tanto precipitado e acelerado.
Talvez por esse motivo a nova animação baseada no “evento do século” tenha sido tão antecipada e aguardada.
Como destaque e ponto extremamente positivo, temos a inspiração nos animes – seja na animação em si que é bastante fluída e dinâmica, com uma movimentação interessante nas lutas, apesar de nada novo ou excepcional; seja nos traços dos personagens que seguem a cartilha japonesa, especialmente de expressões faciais e olhos, ganhando o público mais novo.
Também, o elenco vocal estrelado, com Rebeca Romjin como Lois Lane e Rosario Dawson como Mulher-Maravilha. Kevin Conroy na voz do Batman faz falta já que o personagem ficou a cargo de Jason O’Mara que, no entanto, realiza também um ótimo trabalho.
Já a trilha sonora não é nada excepcional mas não atrapalha, estando dentro do esperado para este tipo de animação.
O grande ponto de instabilidade é o roteiro de Tomasi: se por um lado existem grandes acertos – a substituição da Liga atual no lugar da Liga de Dan Jurgens por exemplo; ou a presença de Bibbo Bibbowski na aventura – por outro lado a necessidade de contextualizar com o cânone atual das animações tira muito da força que a história original tem.
Com elementos da equivocada fase dos Novos 52, a animação costura novas tramas às antigas (e nem vou mencionar o que fazem com Lex Luthor II), sendo a que mais incomoda a relação de Clark Kent e Lois Lane. Ao contrário dos quadrinhos, a relação não está totalmente estabelecida na animação e momentos pungentes do sacrifício do Último Kryptoniano ficam acelerados e vazios na narrativa da tv.
Um exemplo claro é o último golpe de Apocalipse e Superman: nos quadrinhos, o Super está descalço, praticamente só com as calças, já que a luta acabou com sua roupa. Na animação, a roupa e a capa estão rasgadas mas longe de estarem em frangalhos. O golpe final em si é um tanto caricato e não transmite a mesma emoção dos quadrinhos.
Apesar disso tudo, é muito interessante ver a Liga “de verdade” enfrentando o monstro que matou o Superman, desta vez com um pouco mais de ação, efeitos e uma produção um pouco mais caprichada.
Detalhe: não deixe de conferir as cenas pós-créditos, são um ponto alto de A Morte do Superman que, apesar de tudo, vale a pena ser conferida. Mesmo que particularmente eu ainda ache que a melhor adaptação dessa história, apesar dos gráficos em 16 bits, continua sendo o game de 1994.
Avaliação: Bom
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Trailer
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